Libertadores sofre europeização e passará a ter final única; acordo por direitos de TV é fechado
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Por Vinícius Souza
A ideia de transformar a Copa Libertadores numa espécie de Liga dos Campeões da América está sendo levada adiante pela Conmebol. E um dos principais trunfos da Libertadores deve ser extinto pela entidade: a partir de 2019, a final do torneio será disputada em partida única. A informação foi divulgada pelo diário Olé, da Argentina, nesta terça-feira.
Atualmente, a decisão da Libertadores é pleiteada em jogos de ida e volta, dando a cada um dos finalistas a oportunidade de atuar em casa. Caso a medida citada acima seja oficializada pela Confederação Sul-Americana de Futebol, o principal embate do torneio continental ocorrerá em campo neutro predefinido, assim como acontece na Liga dos Campeões – a partida derradeira do maior certame entre clubes do mundo está marcada para 26 de maio, no estádio Olímpico de Kiev, na Ucrânia.
Mais do que alterar a configuração da Libertadores, a Conmebol planeja aumentar seus lucros com ela. Na última semana, a entidade anunciou o novo acordo referente aos direitos de transmissão não só para a Taça Libertadores mas para as demais competições organizadas por ela (incluindo futsal, futebol de areia, entre outras modalidades).
Na prática, o consórcio IMG & Perform pagará 1,4 bilhão de dólares (cerca de R$ 4,4 bilhões) à Conmebol e será responsável por vender as cotas de TV dos campeonatos entre 2019 e 2022. Posteriormente, o lucro será repartido.
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Para Alejandro Domínguez, presidente da confederação, o novo contrato representa um avanço significativo. A efeito de comparação a Libertadores 2015 rendeu 120 milhões de dólares; em 2019, a projeção é de ao menos 350 milhões de dólares.
O Corinthians, embora líder do Brasileirão isolado desde a quinta rodada, não garantiu matematicamente sua classificação à Libertadores 2018. A vantagem do Timão em relação ao último integrante do G7 (Flamengo) é de 16 pontos, enquanto restam 36 a disputar.