'Entregada' do Palmeiras que evitou título corinthiano afastou Felipão e Tite; Scolari: 'Ingratidão'
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Por Meu Timão
Em 2010, na reta final do Campeonato Brasileiro, parte da torcida do rival Palmeiras celebrou a derrota da equipe, de virada, para o Fluminense. O revés, afinal, favorecia o time carioca na corrida contra o Corinthians pelo título nacional daquele ano. O que poucos sabem, porém, é que a postura do Palmeiras no jogo em questão afastou de vez dois dos maiores técnicos brasileiros dos últimos tempos: Luiz Felipe Scolari e Tite.
Em entrevista ao programa Bola da Vez, da ESPN Brasil, que vai ao ar na madrugada de terça para quarta-feira, Felipão falou em ingratidão por parte de Tite para com ele. Foi Scolari quem levou o ex-treinador corinthiano (à época, jogador) para o Caxias-RS.
“Esta palavra não existe mais: gratidão”, bradou Felipão. “Você acha isso correto de quem tu conhece há 30 anos, de quem te abriu todas as portas? Quem te deu a oportunidade de ser jogador do Caxias, de começar na carreira e arranjar lugares fora do Brasil para trabalhar? Essa é a gratidão?”, emendou Scolari, atualmente sem clube.
A fala de Felipão faz referência às declarações dadas por Tite em sua biografia, escrita pela jornalista Camila Mattoso. Nela, Miro, irmão do comandante da Seleção Brasileira, revela que a partida entre Palmeiras e Fluminense de fato mudou a relação entre os técnicos. “O Felipe é malandragem, é ganhar de qualquer jeito. É um cara de família e eu admiro ele por isso. Mas entra em campo e esquece da vida. Ali acabou a relação”, contou Miro, corroborado por Tite: “Gratidão (pelo Felipão) eu tenho pelo início, por conselhos e orientações. Depois desse jogo de 2010, passou a ser uma relação profissional... Não perdi a gratidão, mas eu comecei a ver com outros olhos”, admitiu Adenor.
Fato é que o Corinthians não foi campeão brasileiro em 2010. Já o Fluminense, ajudado ou não pelo arquirrival do Timão, ergueu a taça da Série A ao fim daquela temporada.
Tite chegou a tentar contato com Scolari em meados de 2016, logo depois de deixar o Corinthians e assumir a Seleção. Sobre o assunto, Felipão diz ter uma razão aparentemente óbvia:
“Por que eu tenho que atender se quando eu solicitei (uma conversa) eu não fui atendido? Nem ouviu o porquê daquilo. Então tá bom!”