Diretor do Corinthians ironiza Palmeiras e diz que 'Fiel não aceitaria imperadora'
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Por Meu Timão
Costumeiramente ácido, Luis Paulo Rosenberg concedeu uma entrevista daquelas neste domingo. O atual diretor de marketing do Corinthians, um dos responsáveis pelo projeto original da Arena, falou até sobre o rival Palmeiras, mais especificamente a respeito do modelo de gestão do Allianz Parque, construído pela WTorre.
Perguntado se o contrato firmado entre Palmeiras e empreiteira seria mais vantajoso do que o do Corinthians pela Arena, erguida pela Odebrecht com dinheiro oriundo do BNDES, Luis Paulo foi irônico.
“Sem dúvida, muito mais simples (o do Allianz). O Palmeiras aceita que o terreno dele seja doado por uma empreiteira, essa empreiteira faz o estádio, ele joga lá para uma bela arrecadação... Quando a empreiteira não quiser, expulsa ele de lá”, afirmou Rosenberg em entrevista concedida à Rádio Bandeirantes.
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Sobrou até para Leila Pereira, conselheira do Palmeiras e presidente da Crefisa e da FAM, empresas patrocinadoras do clube alviverde. Na visão do dirigente, a torcida do Corinthians não aceitaria uma “imperadora”.
“É uma questão de filosofia, a Fiel nunca aceitaria isso. Como a Fiel não aceitaria uma imperadora, alguém que chegasse lá com xis milhões, dissesse que vai comprar jogadores, etc., mas que daqui a três anos seria presidente. A gente seria massacrado pela Fiel. Acho bacana o esquema do Palmeiras para um clube que tem uma torcida que aceita ter dono”, disparou Luis Paulo.
O Palmeiras não gastou um único centavo na construção de seu estádio. Quem bancou o empreendimento foi a própria WTorre, que detém grande parte das receitas comerciais da arena. Por outro lado, a equipe da Barra Funda leva 100% da bilheteria das partidas realizadas no Allianz Parque.
O projeto do Corinthians, por sua vez, é bastante diferente. A Arena é administrada por um fundo imobiliário, este responsável pelo pagamento do financiamento do estádio, de cerca de R$ 400 milhões. Toda a receita oriunda de bilheteria é repassada ao fundo. Para Rosenberg, a concepção da casa alvinegra está acima da palmeirense, a quem chamou de “pneu deitado”.
“Nosso projeto é nossa Arena, nossa cara, nosso modelo de ocupação, com áreas diversificadas. E o Palmeiras fica lá jogando no estádio da WTorre, parece um pneu deitado, está todo mundo feliz. E vamos cada um para o seu lado”, enfatizou.
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O diretor de marketing, no entanto, fez questão de pôr panos quentes ao fim do bate-papo. “Acho que a gente tem que brincar e brincar muito no futebol. Claro que tenho o maior respeito pela instituição Palmeiras e pela instituição São Paulo. Mas ou a gente faz essas brincadeiras para substituir a violência, ou os trogloditas (torcedores) vão continuar se matando na rua, que é a última coisa que a gente quer”, concluiu.