Wilson Muniz
Concordo com você que os produtores de conteúdo, sejam de qualquer mídia, também podem atuar como geradores de demanda. Mas também entendo que há uma hipocrisia da parte dos mesmos ao proferirem um discurso de apoio, enquanto não atuam objetivamente reservando recursos e espaço na grade de programação. Mesmo assim, se, ao provocarem a demanda, não obtiverem o retorno desejado, corretamente abandonam o mesmo conteúdo.
Dito isso, mesmo que todas as mídias gerassem 24h ininterruptas de futebol feminino (ou vôlei de praia, ou Beach soccer, ou música sertanoja) eu não assistiria porque não gosto. E pra saber que não gosto não preciso que me induzam...
Tenho o direito inalienável de não gostar e não assistir. Mas entendo ser importatissimo que aqueles que gostam apoiem, assistam consumam, promovam. Isso é tão legítimo quanto meu direito de não gostar
em Post > Qual a sua desculpa agora para não apoiar o futebol feminino do...
Em resposta ao comentário:
Concordo, porém ela não simplesmente atende a uma demanda, ela também pode gerar demanda. Uma coisa não anda sem a outra.
De qualquer forma, não é só a TV que produz conteúdo dito cultural. Todos os aspectos que formam uma cultura são impostos a nós, mesmo que maneira sutil, desde que nascemos. Um exemplo disso é a quantidade de pessoas que torcem para um time porque foram influenciadas pela família e pelo contexto em que vivem - não é regra, mas acontece.
