Simplesmente porque não interessa aos habitantes de PSJ, sejam eles sócios sejam eles dirigentes.

Sócios e dirigentes têm acesso a um orçamento de mais de 750 milhões que simplesmente não existiria sem o futebol.

A principal consequência da transformação do futebol em SAF é que ele e toda a receita por ele gerada deixam de fazer parte do caixa do clube, e passam para o proprietário.

O jovem Renan Vinicius, em artigo recente, defendia o modelo SAF, entre outras razões porque com o dinheiro entrante o clube pagaria as dívidas, quitaria a Arena e haveria investimento no futebol.

Acredito que caso o Corinthians venha a ser vendido a Arena e todas as propriedades e marcas relacionadas ao futebol irão para o novo proprietário. O máximo que o clube pode conseguir é tentar manter algum percentual sobre o resultado da SAF, como fez o Vasco da Gama que detém 30% da sua.

É preciso entender que em PSJ a dívida em si não é problema já que aparentemente nenhum dirigente se preocupa em pagá-la. Problema seria deixar de ter acesso a todas as receitas que o futebol gera.

Verbas de TV, Nike, patrocinadores e tudo o mais relacionado mudariam de endereço, e isto o pessoal de PSJ não aceita.

Eu particularmente não acho que o Corinthians deva ter um dono a exemplo de Real Madri e Barcelona na Europa, mas temos que encontrar formas de blindar o futebol e tirá-lo da esfera de domínio absoluto dos dirigentes.

Certamente quando isto vier a acontecer haverá dificuldade em se encontrar um candidato a presidente para a instituição.