O técnico Cristóvão Borges possui uma carreira curta e instável.

Como comprovado nos clubes onde passou, seu aproveitamento jamais ultrapassou a casa dos 60%. No Vasco da Gama, obteve 60,3%, no Bahia 43,7%, no Fluminense 54,6%, no Flamengo 46,3%, no Atlético-PR 56% e atualmente, no Corinthians, possui apenas 53,8%. Com exceção do seu primeiro trabalho, herdado do Ricardo Gomes, o Cristóvão teve desempenho mediano, com números que colocariam suas equipes do meio pra baixo de qualquer campeonato de pontos corridos disputado.

Em comparação a ele, os últimos treinadores do Corinthians – Mano Menezes e Tite – tiveram 64,4% e 61,30% considerando todo o período que estiveram no clube.

Além destes números questionáveis, o Cristóvão também se caracteriza por ser um técnico que implementa esquemas frágeis.

Isto porque suas equipes costumam sofrer gols em demasia, além de serem goleadas ou derrotas a partir de 2 gols de diferença com frequência assustadora. Vejamos alguns vexames passados por times treinados por ele:

Copa do Brasil – 2014
Maracanã
Fluminense 2x5 América-RN (Fluminense com vantagem por ter vencido em Natal por 3x0)

Brasileirão – 2015
Santos 5x1 Atlético-PR
Atlético-PR 1x4 Corinthians (tínhamos um time excelente, eu sei, mas jogamos contra um adversário totalmente bagunçado e quem viu aquela partida se lembra disso, pois a marcação alta dos paranaenses gerou diversas chances onde o Love e o Malcom chegavam livres, assim como o Roger fez ontem contra a Ponte).

Brasileirão-2015

Flamengo 0x3 Corinthians (ganharíamos de qualquer forma, como de praxe, mas foi novamente diante de um adversário sem articulação defensiva e que poderia ter sofrido uma goleada ainda maior se não tivéssemos tirado o pé do acelerador para colocá-los na roda).

Copa Sulamericana – 2015
Deportivo Luquẽno-PAR 2x0 Atlético-PR

Além destes exemplos, vejamos um trecho do Globo Esporte no dia de sua demissão do Flamengo:

“Cristóvão tinha alto índice de rejeição da torcida do Flamengo e vinha enfrentando resistência desde a sua chegada. O técnico ouvia vaias, xingamentos e gritos de “burro” em praticamente todas as partidas do time. As principais críticas por parte das arquibancadas se davam pelo fato de ele mexer pouco no time mesmo quando estava perdendo - em raríssimas oportunidades fez uso das três substituições -, por conta da escalação de três volantes - o que não aconteceu nos últimos jogos - e pelos problemas táticos da equipe: faltava criação e ligação entre meio-campo e ataque, e a defesa continuava cometendo erros graves em bolas aéreas e na marcação.”

Alguma semelhança com o trabalho desenvolvido no Corinthians?

Vejo todas, exceto pelo uso das três substituições, coisa que ele costuma fazer atualmente.
Gostaria de saber o que convenceu a direção corintiana a acreditar em seu potencial, pois claramente ele não tem perfil para ser técnico de clubes grandes e médios do futebol brasileiro.

Suas equipes não possuem consciência tática e tampouco padrões confiáveis aos olhos de atletas e torcedores. Não é a toa que suas demissões sempre sugeriram perda de comando sobre os jogadores.