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Fórum do Corinthians

A entressafra faz parte do planejamento

Tópico Lendário Entenda as regras
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Páme 4.997 posts

Publicado no Fórum do Meu Timão em 26/06/2018 às 11:17
Por páme Korinthianoús! (@oi.korinthioi)

O Corinthians tomou uma decisão no longo prazo quando decidiu fazer o estádio em 2014. Durante os dez anos seguintes iria conviver com um aperto financeiro - que deveria ser mitigado pelos NRs - em troca de ter estádio e CTs modernos.

Isso significava abrir mão de parte de nosso poderio financeiro.

À época, porém, em 2010, o Brasil era modelo de crescimento no mundo, o dólar estava mais ou menos a R$ 1,50, etc.

Em resumo: os NRs seriam fáceis de vender, os jogadores seriam fáceis de 'segurar', o dinheiro sobrava pra patrocínio e parecia que poderíamos de quando em quando fazer excursões para repatriar jogadores.

E veja bem, essa avaliação não era só de nossa diretoria. A revista Economist e basicamente todo mundo também apostava no Brasil.

Parecia então que abrir mão temporariamente de nossa renda de venda seria um preço pequeno porque parecia que o dinheiro sobraria na mão dos investidores.

Nós - e não só nós - fomos pegos de surpresa com uma mudança econômica. A chamada crise das commodities (2013) atingiu em cheio nossa economia ainda muito dependente deles. De repente o dinheiro estava encurtando no bolso de investidores E consumidores.

A ideia de fazer um investimento de risco - e é sempre bom lembrar que, com uma rejeição maior do que a própria torcida, o Corinthians é um investimento publicitário controverso - ficou bem menos atraente.

O plano A tinha que ser jogado no lixo precisamente quando precisaria ser aplicado (2014, com a inauguração da arena).

Surge então o plano B, uma reação ao poder de investimento menor e um resultado das experiências frustradas com Adriano e Pato: um Corinthians sem medalhões, com orçamento nivelado por baixo, redobrando a ideia de eficiência tática como lema do time.

A ideia passa a ser ter um bloco de jogadores medianos e contratar pontualmente e dentro de um teto de gastos um ou outro jogador de referência de acordo com essas necessidades coletivas, geralmente jogadores 'em recuperação', quer por haverem passado uma ou mais temporadas afastados dos grandes centros de futebol, ou em recente má fase (Love, Jô, Jadson e Ralf em seu retorno), quer por estarem com problemas médicos (Renato Augusto).

A ideia por trás desse padrão é: evitar a 'especulação' interna como aconteceu com Guerrero em relação a Pato. Ninguém pode pedir salário maior que x porque ninguém no elenco recebe mais que isso. E se o 'medalhão' do elenco recebe x, os demais entendem que receber x/2 é o que o clube pode oferecer naquele momento.

A pegadinha é: quando você recebe acima do que você vale, você topa fazer contratos mais longos com multas mais altas. No caso contrário, você vai tentar o inverso: contratos curtos, com facilidade de sair caso apareça proposta menor.

Isso não é uma falha: está planejado no sistema.

É difícil dizer que esse modelo não funciona. Até aqui rendeu dois paulistas e dois brasileiros com o cinto apertado.

Também iria na contramão de quem diz que o time contrata mal. Há uma série de nomes muito questionáveis que aparecem por aqui de vez em quando, de fato. Mas como sublinhou um colega num post recente, temos um elenco razoavelmente montado:

https://www.meutimao.com.br/forum-do-corinthians/bate-papo-da-torcida/514642/o-time-do-1-ao-11-e-muito-bom-temos-que-torcer-para-o-loss-ganhar-o-respeito-do-grupo O time do 1 ao 11 é muito bom, temos que torcer para o Loss ganhar o respeito do grupo! Cássio - de seleção Fagner - idem Henrique - Muito regular, me surpreendeu positivamente Pedro Henrique - melhor seria se o Balbuena ficasse rs... E se ele... meutimao.com.br meutimao.com.br

Também faz sentido, de acordo com esse padrão de montagem de times, que haja um certo excedente de jogadores medianos ou abaixo disso, já que o desmanche pode acontecer a qualquer momento e serão necessárias peças tapa buraco até a contratação do substituto real.

A questão toda parece estar na leitura de que o time vende mal.

E aí que eu acho que a questão é um pouco mais nuançada. Obviamente o Corinthians não tem na venda dos jogadores o objetivo de aumentar a renda. Mas eu acho que isso faz parte desse plano B.

A ideia até o pagamento da Arena é o time se assumir para o jogador como uma vitrine para um contrato milionário, assumindo como consequência natural que o ciclo vai ser ano bom-desmanche-entressafra-ano bom.

Acho que faz parte dessa nova realidade financeira e até aqui temos conseguido administrar bem essa situação, conquistando mais títulos que os demais times brasileiros.

Parece então que houve uma mudança radical entre o cenário de 2009 em que o marketing levantava o clube para a o de hoje, em que ele é o principal ponto que nos detém financeiramente.

Fica a tarefa urgente para o Rosenberg.

Ps: De nenhuma maneira quis dizer com isso que essa seja a melhor estratégia, ou exime a diretoria da responsabilidade de aumentar a captação do time. Essa me parece ser uma boa estratégia para lidar com uma situação em 2014-15, mas não se pode mais dizer, quatro anos depois que essa situação ainda seja uma surpresa.

Apenas quis dizer que me parece que até nossa arrecadação mudar radicalmente pra melhor é o que 'vai dar' pra fazer.

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Responder tópico

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@cosmo.kramer em 26/06/2018 às 19:08

Otb não...

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Emerson 6 posts

@emerson.pereira.da.s em 26/06/2018 às 19:07

A doença do Corinthians se chama :

Andrés Sanchez esse diz que faz e nunca faz...

Ou seja se engana quem acha ele algo bom para o Corinthians

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Lester 10.736 posts

@ricardo.goshima.lest em 26/06/2018 às 19:07

Acho que não é plano b! Eles não tinham plano b! E esse plano é corrupcao mesmo! Porque se contrata apenas jogador de 2 ou 3 empresarios? ! Porque eles são amigos? ! Acho que super faturaram o nr e fora a tachinha! Não rolou quando o mundo tinha dinheiro agora não rola nunca mais e se rolar por banana vai ser!

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Adilson 686 posts

@adilsondh em 26/06/2018 às 19:05

Essa análise tem sua lógica, mas até quando ela vai funcionar, as vendas não poderiam ser melhores, mais transparentes, e essa coisa de pagar comissões absurdas, como foi na contratação do Renê Junior, isso come o pouco dinheiro que clube ainda tem, e as contratações de jogadores que todo mundo já sabia que não iria dar certo como Dutra, Kazim e MG, tem que se ter mais critério na hora da compra, já temos pouco dinheiro e ainda investimos em jogadores ruins, assim não dá...

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Rafael 773 posts

@rafablack em 26/06/2018 às 19:02

Muito bom, pode acrescentar que a crise (2013) nunca acabou no Brasil

Basta comparar o valor do dólar 1,50/1,80 até 2,10 chegava chorado, hoje está beirando 4 reais e isso só mostra como nossa moeda desvalorizou quanto nosso país recuou e o pior, quanto nós estamos perdendo (encerro aqui pois ai já vai virar uma critica política, e cada um ainda tem o pensamento primitivo de votar em partido então não vou dizer mais nada)

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Claudio 28.213 posts

@migo.pr em 26/06/2018 às 18:59

Quem acompanha um pouquinho sabe que o problema não é a Arena.

O problema é que essa Diretoria entregou tudo para os chegados.

O FT foi para a OMNI.

As grandes promessas da base para o Garcia.

Os jogadores são vendidos a preços de banana e as comissões são altas.

Não renovaram o patrocínio com a Caixa, provavelmente para tentarem fazer mais negócios estranhos, tipo Winner, Apollo, Apito Promocional e outras negociações onde chegados ganham bastante comissões.

Etc etc.

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Tatiane 10.152 posts

@tatiane.prado1 em 26/06/2018 às 13:23

Pagar salários em dia, revelar atletas com qualidade, contratar jogadores que não sejam tão caros, mas comprometidos (Gabriel, Ralf, Homero, entre outros, de preferência em todas posições)... é o caminho que resta... Só num vai em jogadores comprovadamente bichados/estrelinhas/ mercenários...que no processo quebra a cada 6 meses, tendo que reformular, ou redirecionar...time médio, mais empenhado, (combativo) vale mais que do que time bom, mas passageiro, ou melhor, sem comprometimento! Que na primeira proposta Bay Bay!

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Wilson 7.058 posts

@wawawa em 26/06/2018 às 12:45

Discordo... O planejamento foi erradíssimo...

A profecia das 'sete vacas gordas e sete vacas magras, tem fundamento até hoje.

Um investimento tem de se ter pelo menos 40% de respaldo financeiro, para não se pego de calça curta.

O ditado 'não devemos contar com o ovo no cku da galinha', também é verídico, pois não podemos projetar com algo hipotético, principalmente, quando os envolvidos nesse imbróglio... São repartições publicas.

O amigo presidente, prometeu prometeu agilizar o empréstimo do BNDES, só prometeu, com isso o Corinthians teve de se socorrer aos empréstimos bancários que são juros altíssimos.

A prefeitura com os CDIs, foi outra furada, a mudança na prefeitura de quatro em quatro ano, poderia impor certas condições que na hora não foram avaliadas, tanto é que atual está querendo programar a venda... Por outro lado sempre terá gente contra e entrar na justiça... Com isso as empresas não arriscam em comprar os papeis e não poderá descontá-los.

Por fim o conto de fadas.. O naming high... Nunca foi feito aqui no Brasil e basear o orçamento nele é arriscadíssimo.