Que a torcida do Corinthians mudou!

E isso já viamos por aqui antes da tal jogada.

O DNA do corinthiano não é o mesmo do que foi durante a fila e durante as décadas de 80 e 90. Como se os mantras corinthianos (ó, 'mantras', que nada mais são que vocalizações que repetem vibrações divinas no canto) tivesse se tornado vazios cantos de estádio pra uma parte considerável da torcida que vê no Corinthians um espetáculo de futebol apenas.

Na ideia do Corinthianismo não se fala em substituir ou minimizar nenhuma figura sacra perto do Corinthians, mas somente em criar um vínculo entre elas e a fé corinthiana.

E pior, aposto que a maioria dos moralistas mimizentos são os mesmos que criticam as 'gerações mimimi'. E agora José?

Isso é só uma forma de exaltar e reverenciar o que nos une como corinthianos (ou o que deveria unir pela nossa origem histórica): a fé e o amor. Como Rosenberg diz, de reaproximar o corinthiano do DNA que o fez, de resgatar as raízes do Corinthians. Ele cita a fila de 23 anos onde a torcida foi a que mais cresceu como exemplo maior disso. Ou o senso comunitário entre corinthianos. Me lembro quando era molequinho e ia no Pacaembu ver o Corinthians e nos arredores do estádio todos eram chamados pelo mesmo nome uns pelos outro: Corinthians.

E quando você vê um mano na rua com a camisa do Corinthians e se vê próximo a um estranho qualquer por esse simples fato. Ou como um parceiro aqui fez um post ótimo listando todos os traços de religiosidade sincrética que a torcida abraçou em torno do Corinthians. São Jorge nosso padroeiro, que é Ogum dos nossos irmãos pretos. Quantas vezes vocês cantaram 'vou pra Bahia acender a chama no terreiro de iaia'?

Esse chororô todo nem parece coisa de quem conhece o Corinthians.