4 de julho de 2012, o dia da independência corinthiana. O dia em que o Corinthians se libertou de seus fantasmas e conquistou, em definitivo, um dos títulos mais desejados pela torcida.
Sobre o tradicionalíssimo Boca Juniors, numa final incrível no Pacaembu, o Corinthians coroou com 2 gols de Emerson Sheik uma campanha invicta, difícil, incontestável e com a cara do Timão.
Um time sem estrelas, onde estreantes e veteranos brilharam, foi, sob o comando do técnico Tite, o time que enfim quebrou o segundo grande tabu da história corinthiana com seu futebol de resultado, coletivo e bem jogado.
Na primeira fase, o Corinthians enfrentou o Deportivo Táchira, se apresentando bem, mas saindo com apenas um empate em 1x1 da Venezuela. O segundo jogo, em casa, contra o Nacional do Paraguay, teve a calma de Danilo, que abriu o placar, complementado por Edenílson, garantindo 2x0 para o Corinthians.
Em seu terceiro jogo, contra o Cruz Azul no México, o Corinthians joga bem, mas novamente leva apenas o empate sem gols. O jogo de volta, entretanto, Danilo, com a frieza de sempre, encerra o 1x0 para o Timão.
Contra o Nacional, no Paraguay, o Corinthians desencanta, joga com tranquilidade, fazendo um placar de 1x3, com gols de Jorge Henrique, Sheik e Élton. Já classificado para a próxima fase, o Corinthians enfrenta em casa o Deportivo Táchira, e com largos 6x0 (gols de Danilo, Paulinho, Jorge Henrique, Sheik, Liedson, Douglas) encerra de maneira brilhante a fase de grupos.
O primeiro adversário do mata-mata foi o Emelec. No primeiro jogo, no Equador, o Corinthians sofre com uma arbitragem caseira e leva mais um empate sem gols. Já no Pacaembu, o Corinthians se recupera e com Fábio Santos, Paulinho e Alex, passando para as quartas de final com um bonito 3x0.
A dificuldade aumenta, com o Corinthians enfrentando o Vasco em São Januário. Com a defesa menos vazada da competição, o Timão não sofre gols e segura o empate no Rio de Janeiro, e traz a decisão para o Pacaembu mais uma vez.
Em casa, num jogo nervoso, Cássio prova seu lugar, e cresce para cima de Diego Souza, do Vasco, que teve uma chance cara a cara com goleiro. A bola não quis entrar, até os 43 do segundo tempo, quando Paulinho cabeçou com precisão e correu para comemorar com a Fiel.
Assim, o Corinthians chega a semi-final, dessa vez contra o rival, o Santos. Favorito, graças a estrelas como Neymar e Ganso, o time da baixada não conseguiu segurar o Corinthians na Vila, que contou com Sheik para fazer um golaço e garantir o 0x1 fora de casa.
No Pacaembu, o Corinthians só precisava de um empate simples para a garantir a classificação. E assim foi: após gol de Neymar, a frieza e experiência de Danilo foram as armas do Corinthians, que cravou o 1x1 classificador.
Daí pra frente, tudo era novo: o Corinthians chegava a uma inédita final da Libertadores, contra o temido Boca Juniors, vencedor de 6 edições do torneio. Com a melhor campanha, o Corinthians ganhava o direito de decidir em casa.
O primeiro jogo, na Bombonera, prometia catimba e pressão do estádio mais conhecido com Caldeirão. E aos 27 minutos do segundo tempo, todo o sonho parecia ameaçado. Com Roncaglia, os argentinos abriram o placar.
A decisão de Tite, porém, mudou a história corinthiana. O treinador apostou em Romarinho, o jovem estreiante de apenas 21 anos, que, em seu primeiro toque na bola, recebeu a bola e com elegância tirou do goleiro. Tudo igual. O Corinthians estava de novo no páreo.
Agora restava, em casa, decidir o título. E o Corinthians fez o que tinha de fazer. Com dois gols de Sheik, para o delírio da Fiel que lotou o Pacaembu por dentro e por fora, o Timão conquistou, enfim, a Libertadores.
Esse jogo contra o Vasco foi demais, defesa do Cássio, gol do Paulinho no fim do jogo eu já estava esperando a decisão por pênaltis e de repente ele foi la e fez o gol, cena bonito foi ele abraçando o torcedor foi muito emocionante, inesquecível.
Vixi, nunca esqueceremos, pra mim foi o jogo mais emblemático desta Libertadores por tudo que se passou. Tite expulso tentando dar orientações das arquibancadas junto com o Edu e com a torcida, a torcida que estava no alambrado à frente do Tite tentava passar as instruções dele para o pessoal do banco. O lance do Alessandro que resultou na defesa histórica do Cássio e claro o gol do Paulinho aos 42 minutos do 2º tempo, vindo comemorar no alambrado, sendo abraçado pelo torcedor que naquela hora representou os mais de 30milhões que queriam também abraçá-lo. Enfim, foi épico.