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Corinthians tem o maior ganho com fornecedor de material esportivo no país

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Por Meu Timão

Protegidos por cláusulas de confidencialidade, nenhum contrato entre clubes e fornecedoras de materiais esportivos é divulgado ou confirmado oficialmente. Mas o NEGÓCIOS FC buscou contratos, conversou com fontes de clubes e empresas e levantou quanto cada um dos principais times do Brasil ganha.

Em dinheiro, efetivamente, a cada ano.

Quando analisados clube a clube, há diversos fatores que explicam as quantias recebidas. Mas, antes, é razoável entender como funciona um contrato de fornecimento de materiais esportivos, porque todos eles têm diferenças, variáveis, mas em geral são divididos em itens em comum.

E uma comparação, para ser válida, precisa considerar as mesmas bases.

A comparação entre os acordos leva em consideração somente patrocínio e royalties, pois são os únicos itens que representam uma receita anual em dinheiro sem nenhuma restrição de uso.

O clube pode utilizá-lo para contratar um jogador, para aumentar o salário do ídolo que pretende manter no elenco ou para investir na finalidade que julgar apropriada.

Os materiais esportivos, para que haja uma dimensão de quanto eles representam no contrato, podem ser multiplicados pelo valor de cada unidade. Mas esta é uma conta que gera confusões.

Em uma negociação hipotética, o clube pode multiplicar o número de peças pelo custo de cada uma delas, em média R$ 40, para que o contrato pareça menor e ele se sinta no direito de exigir um patrocínio maior. A fabricante, do outro lado da mesa, pode multiplicá-lo pelo valor de atacado, em média R$ 70, o preço que lojistas pagam para revendê-las, para que pareça maior.

Não há consenso.

O bônus, por mais que seja dinheiro, só é depositado na conta bancária do clube se o resultado for obtido. Como nenhum dirigente do mundo pode garantir que seu time será campeão estadual, do Campeonato Brasileiro, da Copa Libertadores e do Mundial de Clubes na mesma temporada, usar bônus por resultado para engordar contratos é, no mínimo, bizarro.

Ranking de fornecedores esportivos

Reprodução

A verba de marketing, quando existente, chega a no máximo R$ 1,5 milhão, caso de Corinthians e Flamengo, ou R$ 1 milhão, como no São Paulo e no Santos. Mas é um dinheiro que fica em poder da fornecedora e que tem restrições. Pode ser usado para fazer anúncios em jornais e revistas, mas não pode ser usado para contratar um jogador.

E as luvas não são uma receita anual, pois são recebidas somente após a assinatura do contrato.

Ainda há outros investimentos que tornam acordos mais vantajosos. A Penalty irá reformar a loja do São Paulo no estádio do Morumbi, assim como gastou R$ 3 milhões para construir uma loja para o Vasco em São Januário. A Nike irá gastar R$ 1 milhão para construir uma loja para o Santos na capital paulista. Todos são patrimônios que ficarão para os clubes após o fim das parcerias, mas não representam dinheiro disponível nas contas bancárias das equipes.

E mesmo com as bases iguais a comparação é delicada, pois há variáveis nos contratos que podem fazer um clube ganhar mais do que o previsto.

O acordo de Corinthians e Nike segue um modelo atípico, segundo apurou o NEGÓCIOS FC. Em patrocínio, são R$ 15 milhões anuais. Mas não há uma garantia mínima. Em troca dela, os dirigentes corintianos arriscaram e pediram royalties mais altos, de 13% sobre a receita bruta, antes de descontados impostos como ICMS e Pis/Cofins. Para que fique mais claro, calcular royalties com base na receita bruta gera uma verba maior do que quando a conta é feita sobre a receita líquida.

O contrato de Flamengo e Adidas rende R$ 12,5 milhões de patrocínio e R$ 8 milhões de royalties, uma garantia mínima, entre 2013 e 2017. Mas também há uma variação nos royalties de acordo com as vendas.

Se o faturamento líquido da fabricante alemã com as camisas rubro-negras for de até R$ 127 milhões anuais, ela paga 10%. Se ficar entre este valor e R$ 153 milhões, passa para 12%. E se superar vai a 14%.

Como a diferença entre um e outro é pequena, as vendas de Nike e Adidas podem colocar Corinthians ou Flamengo à frente em uma comparação.

O flamenguista ainda pode alegar que o valor de patrocínio pago pelos alemães subirá para R$ 17,5 milhões anuais entre 2018 e 2022. E subirá. Mas em cinco anos muitos contratos serão reajustados, renegociados, rompidos…

Com as duas torcidas mais numerosas do Brasil e, consequentemente, os maiores índices de audiência na TV, Corinthians e Flamengo oferecem às fornecedoras maior capacidade de venda de produtos e mais visibilidade para as marcas. Independentemente de São Paulo e Internacional terem um histórico recente de títulos ou de o Santos ter um garoto-propaganda como Neymar, as imensas torcidas ainda são mais interessantes para as fabricantes.

Não dá para brigar com certas regras do mercado.

Fonte: Época Negócios

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