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CT vira fortaleza e Timão fica em cima do muro

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Reforço da segurança já foi visto no CT do Parque Ecológico

Reforço da segurança já foi visto no CT do Parque Ecológico

Mario Angelo/ASI/Ag. O Globo

POR: Lucas Bettine

A invasão do bando de cerca de cem pessoas ao CT do Corinthians causou revolta no presidente do clube, Mario Gobbi. Nesta segunda, o dirigente garantiu que não terá mais diálogo com as torcidas organizadas. Mas, internamente, a situação é mais complicada do que ele imagina. Muito mais.

Com seus aliados, Gobbi tem discutido medidas capazes de consumar o rompimento com as uniformizadas, entre elas cortar os ingressos consignados -; nos jogos fora de casa, as organizadas recebem as entradas, vendem aos seus associados e, só depois, pagam por elas. 

Também foi levantada a possibilidade de as facções serem proibidas de utilizar o escudo do Timão em seus produtos. Seria uma forma de o Corinthians minar financeiramente os vândalos responsáveis pelo violento protesto de sábado. Por ora, nada avançou -; e talvez nem mesmo avance.

A ideia de se punir às uniformizadas enfrenta grande resistência dentro do clube. Integrantes da atual diretoria e vários conselheiros cultivam ligação estreita com as torcidas.

Há até quem desdenhe da ameaça de rompimento feita por Gobbi. 'Vários membros das organizadas votam na eleição, há diretores ligados a elas... Só rindo mesmo para imaginar que ele vai conseguir excluir qualquer relação da torcida com o Corinthians. Deve ter sido piada', afirmou ao DIÁRIO um importante conselheiro.

O presidente prometeu juntar as imagens da invasão e entregá-las à polícia, a fim de identificar os envolvidos. Mas ele admitiu estar de mãos atadas. 'O dever de punir não é do Corinthians. Quem cuida disso são as autoridades. Vocês precisam cobrar de quem tem poder em fiscalizar as torcidas', afirmou.

Histórico/ É difícil imaginar que essa corrente será quebrada. No caso da morte do boliviano Kevin Espada, por exemplo, o clube se colocou à disposição para ajudar juridicamente os 12 presos e usou sua influência para a presidente Dilma Rousseff pedir a libertação.

Mais: durante a apresentação de Alexandre Pato, na sala de imprensa do CT, o atacante ganhou a camisa da Gaviões da Fiel de um torcedor.

Gaviões da Fiel compara atletas a políticos corruptos

A Gaviões da Fiel soltou, nesta segunda, uma nota oficial para dizer que não compactua com a maneira com a qual foi feito o protesto, no último sábado. Disse que não orquestrou a ação e, se algum sócio for identificado cometendo algum tipo de vandalismo, será punido. A organizada, no entanto, não aliviou nas críticas aos jogadores.

'Jogadores de futebol estão sendo blindados em suas profissões do mesmo modo que os políticos corruptos do nosso país. Estão sendo tratados como celebridades, mimados e idolatrados a um ponto em que o fato de não exercerem suas funções com a devida responsabilidade é encarado como algo normal', dizia a nota emitida na tarde desta segunda.

A facção também negou ser financiada pelo Corinthians. 'Não somos uma torcida profissional, que vive às custas do clube. Ingressos e viagens são pagos de forma independente.'

opinião: Fernão Ketelhuth, editor de Esportes do DIÁRIO

É preciso cortar o cordão umbilical 

Somente quem nunca se sentou no cimento de uma arquibancada pode renegar a importância das organizadas. Eu me atrevo a dizer que, sem elas, a experiência  de se assistir a um jogo no estádio perderia metade da graça. 

Há tempos, porém, esses grupos deixaram de ser uma inocente união de torcedores. Passaram a agir, na prática, como facções criminosas, que se aproveitam da subserviência da cartolagem para ganhar prestígio e dinheiro. 

No caso alvinegro, em que essa relação extrapola o limite do aceitável, só há uma maneira de se virar o jogo: acabar com as regalias historicamente concedidas às uniformizadas.

Presidente de sindicato fala em greve

Ideia sugerida pelos jogadores é de que não haja rodada do Paulistão no próximo fim de semana

É grande a chance de o Paulistão não ter jogos no próximo fim de semana. Pelo menos de acordo com Rinaldo Martorelli, que preside o Sindicato Nacional de Atletas Profissionais. 

'Eu fui procurado pelos jogadores com a ideia de fazer greve. A coisa andou e eu apostaria que o Paulista vai parar no meio de semana ou, mais provavelmente, no fim de semana', imagina Martorelli, que esteve reunido durante boa parte desta segunda com Paulo André.

A greve passou a ser estudada como resposta à invasão de aproximadamente cem torcedores ao CT do Corinthians no último sábado -; os vândalos chegaram a dar uma gravata em Guerrero. Outros jogadores, como Danilo e Paulo André, só não apanharam porque se esconderam na casa de máquinas da piscina. Já os goleiros Walter, Danilo Fernandes e Júlio César se trancaram em um banheiro do CT.

'Estamos na dependência do secretário de Segurança Pública de São Paulo (Fernando Grella). Se ele não for capaz de garantir a integridade física dos atletas, eles não entrarão em campo', promete.

O sindicato batalha pelo comprometimento dos jogadores de clubes do interior. 'Estamos em contato com eles, porque não adiantaria nada se os atletas dos clubes grandes parassem e os demais, não. Teríamos W.O. e a coisa ficaria ainda pior do que está', completa Martorelli.

Fonte: Diário de São Paulo

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