Eliminado, Boca usou Corinthians em defesa na Libertadores
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Por Meu Timão
O Corinthians foi usado como exemplo pelo Boca Juniors para a defesa do clube na Conmebol. O advogado Eduardo Carlezzo, brasileiro, contratado pela equipe argentina para brigar por mais 45 minutos entre Boca e River Plate na Libertadores, comparou a situação dos argentinos à vivida pelo Timão em Oruro, em 2013.
"Vimos que o ambiente era muito pesado e caminhava para uma exclusão. Argumentamos que a exclusão não era cabível. E nos baseamos em precedentes da própria Conmebol. Tem casos parecidos como o do Corinthians e o do Alianza Lima, que teve uma grande confusão generalizada, e mesmo assim a Conmebol não aplicou a exclusão", disse Carlezzo, em entrevista ao SporTV.
"Fez-se um apanhado e demonstrou-se que o clube tomou todas as medidas. Tinham 1.040 policiais no estádio e nas redondezas. Como nós sabemos, sempre há irresponsáveis, não só no Brasil. Os torcedores tomaram uma atitude unilateral", completou.
O caso do Corinthians, citado pelo advogado, aconteceu durante a Copa Libertadores de 2013. Um torcedor, Kevin Spada, foi morto por um sinalizador de navio disparado pela torcida do Timão, em Oruro, na Bolívia, durante partida contra o San Jose. Na época, o alvinegro foi punido com portões fechados na sequência da Libertadores e sem torcida visitante nas partidas fora de casa. A decisão foi revertida posteriormente. É válido lembrar que, na ocasião, o Corinthians não era mandante do jogo e, por isso, não tinha responsabilidade sobre a segurança do estádio - como aconteceu no caso do Boca Juniors.
O outro incidente citado por Eduardo, aconteceu no ano passado, quando o Alianza Lima foi julgado por sinalizadores em campo durante um jogo da Copa Sul-Americana.
Porém, mesmo com a defesa acima, o time argentino não convenceu o Tribunal da Conmebol. O Boca Juniors foi eliminado da Copa Libertadores da América e ainda ficará quatro partidas das competições da Conmebol sem público e pagará uma multa de US$ 200 mil. O River Plate avança para as quartas de final e enfrenta o Cruzeiro, na próxima quinta-feira, às 22h, no Monumental de Nuñez.
A punição é referente ao ocorrido na última quinta-feira, quando os jogadores do River Plate foram atacados por componentes químicos oriundos da torcida do time mandante. O caso deixou, pelo menos, um jogador do River seriamente feriado. O jovem atacante, de 19 anos, Sebástian Driussi, foi dignosticado com encefalite, que é inflamação no cérebro. O jogador se afastou dos treinos do time argentino.