Cristóvão Borges se lembra bem de quando teve suas primeiras oportunidades como jogador profissional, no Bahia, ainda nos anos 1970, e tem consciência da ansiedade vivida por Léo Príncipe. Por isso, o técnico conversou com o lateral direito de 19 anos, escalado para enfrentar o Figueirense no lugar do suspenso Fagner.

“É um misto de emoção por ter a primeira oportunidade e responsabilidade. Para mim, foi assim. Por isso, quando lanço um jogador, sei o que digo a ele. É importante ouvir, porque criamos muita expectativa, imaginamos que vai ser a oportunidade de fazer tudo”, comentou.

Essa ânsia de “fazer tudo” é exatamente o que o treinador não quer ver. Cristóvão prefere Léo Príncipe focado em fazer seu trabalho com simplicidade. “O que disse é que ele não tem a obrigação de ser o melhor do jogo”, resumiu.

O garoto tem a seu favor a experiência de já ter atuado no estádio de Itaquera. Após duas boas participações na Copa São Paulo de juniores, ele passou o último Campeonato Paulista emprestado ao Oeste e enfrentou o Corinthians na zona leste de São Paulo. Agora, voltará à arena vestindo uma camisa mais pesada.

Não era a ideia de Cristóvão utilizar Léo Príncipe neste momento, mas fracassaram as buscas do clube por um lateral direito. Gilberto não conseguiu liberação da Fiorentina, e Eduardo acabou sendo emprestado pelo Atlético-PR ao Bahia.