Torcidas organizadas propõem pacto pela paz em São Paulo
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Por Meu Timão
As principais torcidas organizadas de Corinthians, São Paulo, Palmeiras e Santos firmaram um acordo pela paz no futebol paulista. Após unirem-se em tributo à Chapecoense, no último domingo, em frente ao Pacaembu, líderes das uniformizadas procuraram Elisabete Sato, diretora do Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), para dar fim à violência nos estádios.
“Fomos procurados por quatro presidentes de grandes torcidas, do Palmeiras, São Paulo, Corinthians e Santos, nos propondo um pacto de paz. Esse pacto tem um slogan que me apresentaram: ‘mais festa, nenhuma violência’. Iniciamos hoje tratativas para que possamos, a partir do Campeonato Paulista, tentarmos atender a pretensão deles. Eles estão conversando há cerca de três meses, ocorreu essa fatalidade com a Chapecoense, que motivou a todos nós”, disse Sato em entrevista à TV Bandeirantes.
O encontro de integrantes da Gaviões da Fiel, Mancha Verde, Torcida Jovem e Independente, no domingo, durou cerca de duas horas. Com fogos de artifício e instrumentos musicais, os grupos prestaram uma homenagem à Chapecoense, que perdeu grande parte do elenco, comissão e diretoria no acidente aéreo. O ato, que recebeu a denominação “O Futebol Respira”, também levantou a bandeira da paz nos estádios de futebol.
“Eles fizeram um compromisso, vamos levar à Secretaria de Segurança, para saber se vamos conquistar a possibilidade das famílias irem aos estádios com filhos pequenos e esposas. Vou dar um crédito para eles, foram bastante sinceros e eu busquei contrapartidas. Hoje é um pontapé para que isso, no ano que vem, seja possível concretizarmos”, completou.
A ideia levantada pelos organizados é aumentar o diálogo com o DHPP, podendo assinar iniciar uma relação com o Ministério Público pelo fim da violência. Campanhas de conscientização devem ser criadas entre os próprios membros dos grupos.
Em tempo: os clássicos paulistas foram disputados em torcida única em grande parte da temporada. A medida foi determinada pelo governo de São Paulo a fim de evitar brigas entre torcedores rivais nos jogos de futebol.