Carille revela que quase deixou Corinthians em 2016 e diz por que ficou
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Por Meu Timão
Recém-campeão paulista, Fábio Carille por pouco não permaneceu no Corinthians além de 2016. A revelação foi feita pelo próprio treinador em entrevista ao portal Gazeta Esportiva.
De acordo com Carille, que foi contratado em 2009 e estava disposto a ser auxiliar do Timão por apenas três temporadas, alguns clubes da Série B o procuraram ao longo dos últimos anos. No entanto, após o fim do Campeonato Brasileiro 2016, quando já não esperava ser chamado pela diretoria alvinegra para assumir o elenco profissional, cogitou deixar o Parque São Jorge.
“Cheguei ao Corinthians em 2009 e coloquei na minha cabeça que ficaria até três anos. Depois, sairia para ser técnico em outro lugar. Não pensava em ficar anos e anos na função, como o Milton Cruz fez no São Paulo, por exemplo. Não, não. Mas o clube foi me dando confiança, espaço para trabalhar”, iniciou Carille, que só não fez as malas devido à “cultura do imediatismo” inserida no futebol do Brasil.
“A forma como os dirigentes brasileiros tratam o futebol, exigindo resultados imediatos, também me fez continuar no Corinthians. Você se senta para conversar com um diretor, olha o elenco que ele te oferece e vê que não é legal. Só que esse diretor fala que tem que ser campeão. E você: ‘Pera aí, ser campeão como? Deste ano ou do outro?’. Foi essa pressão por resultados rápidos que acabou estendendo a minha permanência aqui”.
Sincero, Carille conversou com a família ao término do Brasileirão, dias antes de receber o convite para assumir o comando técnico do Corinthians. Por coincidência ou não, escolheu permanecer, ganhou o grupo e levou o Timão à conquista do Campeonato Paulista.
“De clubes da primeira divisão, para ser auxiliar. Ainda não era para assumir um time, mas aquilo me encheu os olhos. Quase deixei o Corinthians antes do dia 22, quando fui anunciado. Mas, conversando com a minha família, achei melhor ficar. Como disse, foram vários convites para sair de 2012 para cá. Só não fui embora pela forma como os dirigentes brasileiros administram o futebol”, concluiu.