Meia da base do Corinthians tem carreira moldada por morte de primo em caso de violência após Dérbi
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Por Meu Timão
Para torcedores e jogadores do Corinthians, poucas coisas são mais especiais do que um clássico contra o Palmeiras. Mas nem todos tem boas lembranças do Dérbi. Serginho, promessa do Sub-17 alvinegro, tem uma história bastante triste ligada ao confronto. Cinco anos antes de nascer, perdeu o primo em um caso de violência no futebol. A morte de Paulo Sérgio, então com 31 anos, serve até hoje como norte para a carreira do garoto.
"Meu primo foi um corinthiano fanático. Meu pai me conta que ele ia em todos os jogos e que se ele estivesse vivo eu seria praticamente filho dele, porque ele teria muito orgulho de mim", contou o prata da casa do Timão, em entrevista ao Lance!.
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A fatalidade aconteceu em 1994. Após o primeiro jogo da final do Brasileirão entre Corinthians e Palmeiras, o primo de Serginho deixava o Pacaembu sentado em uma caminhonete, quando foi atingido por um tiro na cabeça. O autor do disparo era palmeirense e foi condenado apenas em 2008, com 12 anos de cadeia.
"Violência é muito triste. Hoje em dia você tem tanta informação e tecnologia que a mente das pessoas também deveria evoluir. Sei que sempre vai existir rivalidade, mas briga e morte não deveria acontecer, porque sempre sobra para uma família, alguém que não tem nada a ver", lamentou.
"Ele era bastante querido por todos, meu pai tinha uma relação próxima com ele e eu também queria ter conhecido. Isso impactou muito nossa família, porque ele morreu novo (aos 31 anos), tinha uma vida pela frente", completou.
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Com toda essa influência na vida, Serginho usa o drama familiar como combustível para a carreira. Até aqui os frutos são positivos. O meia já conquistou um Paulistão Sub-13 pelo Corinthians e agora busca novos objetivos, como a Copa do Brasil Sub-17, onde o Timão enfrenta o Vitória nesta quarta-feira, por uma vaga na semifinal. Recuperado de lesão, o jogador, que já teve passagens pela Seleção, se prepara para voltar a atuar, sempre com o primo Paulo Sérgio na cabeça.
"Jogo um pouco por ele, sim. Dentro do clube tem conselheiros e diretores que já me falaram dele, que lembram e associam. Se Deus quiser, lá na frente, em pouco tempo, vai ter um novo Elia brilhando no Corinthians", concluiu, fazendo referência ao sobrenome da família, Costabile Elia.