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Thiaguinho abre o jogo ao Meu Timão: 'Gritei como torcedor, veio de dentro do coração'

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Thiaguinho falou com o Meu Timão na tarde desta segunda-feira no CT

Thiaguinho falou com o Meu Timão na tarde desta segunda-feira no CT

Rodrigo Vessoni / Meu Timão

Apenas sete quilômetros separam os bairros de Guaianases e Itaquera, ambos localizados no extremo leste do município de São Paulo. Uma pequena distância a ser percorrida de ônibus, trem ou carro, mas gigantesca para aquele adolescente de 17 anos que sonhava em pisar no gramado do novo estádio do clube do coração que era inaugurado a poucos quilômetros da residência dos seus pais em maio de 2014.

Quatro anos depois, agora com 21 anos, aquele mesmo adolescente se tornaria um dos principais personagens de um dos clássicos mais tradicionais do Brasil, diante de quase 44 mil torcedores. Essa é a trajetória de Thiaguinho, que entrou no intervalo do Majestoso do último sábado, se destacou mesmo com sua equipe com um homem a menos e ainda participou do gol de Ralf.

Apresentado há cerca de seis meses, vindo do pequeno Nacional da Barra Funda, o volante viveu um sábado que tanto sonhou quando era criança e adolescente nas ruas de Guaianases. Corinthiano desde sempre, fruto da paixão familiar, Thiaguinho guardará para sempre na memória os 45 minutos vividos no clássico.

Thiaguinho durante o Majestoso do último sábado na Arena Corinthians

Thiaguinho durante o Majestoso do último sábado na Arena Corinthians

Daniel Augusto Jr/Ag. Corinthians

Na tarde de segunda-feira, o jovem atendeu a reportagem do Meu Timão no CT Joaquim Grava. E na conversa falou sobre o Majestoso, o lance do gol, a comemoração flagrada pela TV Corinthians que viralizou entre os torcedores e tudo que envolve seu momento no clube.

Confira a entrevista com Thiaguinho

Meu Timão: Como foi o anúncio do Jair Ventura de que você entraria no lugar do Danilo para reconstruir a equipe?

Thiaguinho: Eu treino e me preparo todos dos dias para ficar à disposição quando tiver a oportunidade. Quando ele falou, eu estava com vontade de entrar e ajudar a equipe. Sabia que não seria fácil com um a menos, mas o Corinthians é assim: sempre sofrido, aguerrido. Ainda bem que deu certo.

Você se preparou diferente por saber que teria de correr com apenas mais oito companheiros na linha?

Todos me deram força, dizendo que estariam juntos, que correriam juntos. Deu tudo certo, graças a Deus.

Como foi a jogada do gol?

Bola começa com o Ralf, que fez a bola chegar a mim. Depois, eu consigo achar o Jadson, que me devolveu. Eu ia tocar no Fagner, mas vi que o Reinaldo acompanhou. Foi aí que vi o Pedrinho, mandei a bola para o meio da área e a bola foi tocada ao Ralf para chutar. Todos me deram parabéns, Jadson, Fagner... todos me deixam bastante à vontade, mesmo eles sendo ídolos no Corinthians.

O pessoal da comunicação do clube estava no setor onde a imprensa não tem acesso e fez o vídeo da sua comemoração particular do gol, imagem essa que acabou viralizando. O que pensou na hora que você viu a bola entrar?

Primeiro veio a força de um a menos e sair o gol. Eu nem sabia que estavam filmando, quando saiu o gol eu gritei como torcedor, de dentro do coração, coloquei tudo pra fora, extravasei mesmo.

Alguém foi ao jogo?

Meus pais (Marcelo e Adriana).

O que eles falaram? Levaram um susto quando você entrou?

(risos) Tomaram um susto, sim. A emoção dos pais é maior do que a nossa, eles esperaram bastante por isso.

Mais corneta ou elogios?

Elogiaram bastante, pais são suspeitos na hora de falar (risos). Mas eles elogiaram, sim.

Como foi seu domingo de folga após o Majestoso? Como aproveitou?

Eu estava com minha namorada, com meus pais e com os pais da minha namorada. Sempre em família, são eles que estão que estão nos momentos ruins, então, gosto de dividir as coisas com eles nos momentos bons. Eu fui na casa da minha namorada, que é de Ferraz de Vasconcelos, mas eu moro em Guaianases.

Você fez uma boa partida, participou do gol... já tem torcedor pedindo mais espaço para você. Como está sendo toda a repercussão?

É novo isso essa situação de a torcida pedir para eu jogar, nunca joguei em time de ponta, mas está sendo bom. É um estímulo a mais para eu buscar meu espaço. Respeito todos os jogadores da minha posição, todos têm qualidade, estou esperando minha chance para dar sequência.

Você entrou contra o Santos na lateral e, agora, diante do São Paulo, na sua posição de origem, que é segundo volante. Foi melhor? Foi diferente?

Jogar na sua é sempre melhor, né? Tem mais noção para atacar e defender. Mas já estou acostumado na lateral, é questão de ter mais confiança para atacar e saber a hora de voltar.

O que mudou nesses quatro, cinco meses? Você estava no Nacional da Barra Funda, hoje joga num clube de massa, midiático, é bajulado por pessoas e por empresas... como você trabalha tudo isso na cabeça?

Mudou muita coisa mesmo, mas graças a Deus tenho um pai e uma mãe que me ajudam a colocar os pés no chão, não me deixam sair de mim. Eu prezo o lance da família por isso mesmo, para ter calma e pés no chão, sem deslumbrar. Tenho também meus empresários que me dão suporte, sempre me ajudaram com tudo desde a época do Nacional.

Você chegou com o Bruno Xavier, que deixou o clube após um curto período. Essa separação do amigo de longa data ajudou ou atrapalhou?

Quando ele saiu virou um estímulo a mais para mim, eu disse a ele que vingaria no Corinthians por mim e por ele. Tenho certeza que vamos nos encontrar, ele é um grande irmão para mim.

No dia a dia você acha que facilitou a ficar mais independente ou buscar novas amizades? Tirou algo positivo disso?

Nem ajudou nem atrapalhou, quando a gente chegou todos nos receberam bem. Quando eu não estava com ele, eu estava com o Pedrinho ou com o Vital. Todos sempre receberam bem os novos jogadores, pessoal aqui é bem unido.

Bruno Xavier e Thiaguinho vieram juntos do Nacional; primeiro está no Guarani

Bruno Xavier e Thiaguinho vieram juntos do Nacional; primeiro está no Guarani

Daniel Augusto Jr/Ag. Corinthians

Qual sua meta para os últimos cinco jogos do Brasileirão?

Eu estou à disposição. Estou treinando para ter uma sequência, estarei pronto se tiver uma oportunidade.

Segue indo em lugares públicos num boa ou o assédio aumentou demais e ficou mais complicado?

Não, por enquanto está tudo bem. Vou normalmente, tranquilo, vou passear no Shopping Itaquera e no Shopping Tatuapé. Já estou acostumado na hora de tirar uma foto ou dar autógrafo, coisa boa a gente se acostuma rápido (risos), como fala meu pai.

O que pensa em fazer quando tiver um contrato mais vantajoso financeiro? Quando pintar aquela grana a mais...

Sem dúvida é dar uma casa para meus pais, deixarem ele à vontade como eles me deixaram quando eu precisava e dar estudos melhores para minha irmã (Mayara).

Como foi seu começo? Desde pequeno mesmo...

Comecei na várzea, no CDM de Guaianases, com seis anos. De lá fui para o Chute Inicial de Itaquera, ainda no futsal. Aí voltei para a várzea de novo, depois me levaram para o Juventus e, por último, fui para o Nacional da Barra Funda. Agora estou aqui, no Corinthians.

Para finalizar, um recado ao torcedor do Corinthians. Não apenas nesses últimos cinco jogos do Brasileirão, mas para o próximo ano...

Parece clichê, mas é vontade! Coração sempre na ponta da chuteira, quando a técnica não tiver legal, vai na raça.

Relembre os melhores momentos do Majestosos

Veja mais em: Thiaguinho, Majestoso e Especiais do Meu Timão.

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