A negociação entre Corinthians e Sevilla segue travada pelo eventual retorno de Guilherme Arana ao Brasil. Neste domingo à noite, na Arena, após clássico contra o Santos pelo Paulistão, o diretor de futebol Duílio Monteiro Alves atualizou a situação das tratativas.

Nesta semana, o dirigente viajou para a cidade espanhola para conversar pessoalmente com a diretoria do Sevilla. Duílio, no entanto, alega terem sido apresentados valores diferentes (leia-se: mais altos) do que os sinalizados num primeiro momento por telefone.

"A gente estava falando de valores muito altos, de um jogador importante, expectativa grande da torcida, que a gente sempre tem esse cuidado de não gerar, agora não pode se tratar uma negociação desse tamanho por telefone. A gente tem a obrigação de ir até lá tentar fazer com que o negócio saia. A proposta não é que não mudamos. Conversamos muito, chegamos em um acordo, de forma de pagamento inclusive, mas eles vieram com outros valores, mais altos do que os que tínhamos conversado por telefone, então a gente entendeu que não é o momento, o Corinthians não tem como fazer um negócio desse tamanho agora, da forma que eles querem", explicou o diretor corinthiano.

Os valores para contratar o lateral-esquerdo de 21 anos giram em torno de 8 milhões de euros (cerca de R$ 34 milhões). Mais do que o próprio valor, a quantia pedida à vista, como "entrada", pelo Sevilla é que mais assusta a diretoria do Corinthians. Cabe ressaltar que o negócio não está descartado pelo Timão - mas exige-se que os espanhóis cedam.

"Um valor maior e uma parte maior a vista. A gente já estava no limite dos valores, no limite da forma de pagamento, das parcelas, e não dava para fazer nada diferente disso. A gente aguarda, se eles ainda aceitarem a proposta continua lá. É muito difícil, mas a gente fez o que poderia fazer", afirmou Duílio.

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Acerto verbal com Guilherme Arana - não com o Sevilla

Com o Arana sim, a gente já tinha deixado claro. Ele tem interesse de voltar, está com muita vontade de voltar ao Corinthians. O Sevilla... Os valores pretendidos por eles e a forma de pagamento seria, de nossa parte, irresponsabilidade fazer isso em valores tão altos e com essas condições.

O que exatamente trava a negociação?

Os valores, a forma de pagamento. Fiz a viagem porque a gente tem que tentar pessoalmente. Como a negociação não avançou por telefone já há alguns meses, a gente tem a obrigação de ir lá pessoalmente, conversar com o Sevilla, mostrar as condições, o que poderia ser feito. Trato como irresponsabilidade porque dessa forma o Corinthians não tem condições de cumprir, é um valor muito alto e a gente estaria prejudicando o clube fazendo isso agora.

Sevilla parece não querer vender Arana

Olha, parece que sim (não querem negociar). O discurso não é esse, é que eles têm interesse, mas que aumenta a proposta, diminui muito as formas de pagamento em uma forma muito diferente, muito distante do que o Corinthians tinha oferecido, parece que não querem realmente. Mas é nossa função ir tentar, a gente sabe que isso gera expectativa, a gente tinha a obrigação de ir lá tentar trazer o jogador que a torcida tanto quer. Infelizmente os números não são viáveis hoje para o Corinthians.

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