Carille justifica nova postura no Corinthians, critica jornalistas e anuncia mais um treino fechado
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Por Lucas Faraldo, no CT Joaquim Grava
Nesta nova passagem como técnico do Corinthians, o técnico Fábio Carille diminuiu a frequência de entrevistas coletivas no CT Joaquim Grava. Também por ordem do treinador, atividades com bola estão sendo parcialmente fechadas da imprensa nas últimas semanas. Em raro bate-papo com os jornalistas no centro de treinamento, nesta sexta-feira, o comandante corinthiano fez um desabafo frente aos microfones e chegou a adotar tom irônico.
Ao ser questionado sobre a postura mais defensiva diante da imprensa nesta temporada, Carille não perdeu a oportunidade de discorrer sobre suas insatisfações:
"Muita gente fala que sou arrogante. Em entrevista exclusiva falam para eu não mudar meu jeito de ser. E depois falam que sou arrogante. Eu sou muito sincero", iniciou.
"Sobre fechar treino, amigos do interior de São Paulo passaram nossas jogadas de bola parada. Isso me deixou muito chateado. Tem nomes, dois. Não preciso falar. Assim como vocês (jornalistas) têm fontes e não falam. Mas tem nomes. E para essas pessoas olho torto. Por isso a decisão de esconder algumas coisas", argumentou o treinador.
Antes mesmo de devolver a palavra à imprensa, Carille alertou que os dois próximos dias de treino no CT Joaquim Grava serão fechados para os jornalistas. Na segunda-feira, o Timão encara o Santos pelo jogo de volta das semifinais do Campeonato Paulista. Havia expectativa de o treinamento deste sábado ser aberto, mas o treinador, adotando tom irônico, vetou.
"Já adiantando: sábado e domingo treinos fechados. Fiquem com a família, descanso para vocês. Outro dia reclamaram da escalação, que queriam saber, falei para o site oficial do Corinthians publicar, esse não é o problema. O problema é algo que ensaiamos", disse.
Passadas mais algumas perguntas, o assunto "sinceridade" voltou a ser colocado em pauta. Em seu terceiro ano como treinador, Carille foi convidado a discorrer sobre o que já aprendeu no mundo do futebol a respeito de confiança, seja na imprensa ou nos bastidores.
"Em todos os setores, profissões, terá gente boa e gente má. Tem no futebol, no Corinthians, na polícia, em qualquer lugar. Acho desnecessário falar três, quatro vezes por semana. Fica repetitivo, vira fofoca. Não é essa minha intenção, mas sim ir para campo trabalhar. Mas em todos os segmentos tem, não é só imprensa, faz parte de qualquer profissão, qualquer empresa", ponderou o treinador corinthiano.