CORI adia aprovação das contas do Corinthians de 2019; oposição fala em mais de R$150 mi em dívidas
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Por Rodrigo Vessoni
A situação financeira do Corinthians se agravou nos primeiros meses de 2019. Na noite dessa segunda-feira, o Conselho de Orientação do Corinthians (CORI) realizou a sua reunião mensal e optou por não colocar a aprovação dos números financeiros do clube (de janeiro a julho) em discussão.
O valor exato da dívida repassado na reunião não foi confirmado oficialmente. Membros da oposição, no entanto, repassaram ao Meu Timão que os números são superiores a R$ 150 milhões. A decisão da não aprovação se deu pela falta de aval do Conselho Fiscal, que daria mais detalhes da atual situação do clube. Oito participantes optaram pela decisão de adiar a votação, enquanto apenas um foi a favor da mesma acontecer naquele momento.
"O Conselho Fiscal é quem obtém documentos que detalham tudo que é feito pela diretoria. Já foi pedido a eles que se reúnam o quanto antes para que, no próximo mês, a gente possa dar o nosso parecer", explicou um dos participantes da reunião em conversa com o Meu Timão.
A confirmação do crescimento da dívida nos últimos meses não pode ser feita por meio dos balancetes financeiros do Corinthians. Em 2019, diferente do ano passado, a diretoria não vem divulgando os valores em sua página de transparência no site oficial. O orçamento aprovado no final do ano passado previa um superávit de R$ 650 mil.
Segundo o GloboEsporte.com, o balancete que foi apresentado na reunião continha um empréstimo feito pelo Corinthians junto ao BMG. Agora, o Timão deve para Itaú, Bradesco e Santander, além do BMG. Ainda segundo a reportagem, entre as justificativas para o aumento da dívida estão: o investimento do início do ano para contratar atletas; a falta de arrecadação com venda de jogadores; o investimento nas equipes femininas, Sub-23 e modalidades olímpicas; o pagamento das cotas de TV no segundo semestre; além da ausência das receitas das bilheterias.
O CORI é composto por dez membros natos (ex-presidentes em sua maioria), dez membros trienais (eleitos para 2018-2021) e outros dez suplentes. Há um presidente e um vice no órgão. O Conselho Fiscal, por sua vez, é composto por três conselheiros (Osmar Basílio, Jorge Roberto Pagura e Cesar Eduardo da Silva) e outros três suplentes (Haroldo José Dantas da Silva, Josué Lopes de Souza e Ricardo Fernandes Maritan). Há conselheiros da situação e da oposição em ambos os órgãos.