O time feminino do Corinthians não cansa de dar show. Com 33 vitórias seguidas, a equipe alvinegra despachou o Flamengo neste domingo e garantiu vaga na final do Campeonato Brasileiro. Com a evolução da modalidade, as jogadoras ainda sentem falta de uma integração maior com o futebol masculino. É isso que diz a lateral Tamires, que defende o Timão e a Seleção Brasileira.

"Todo mundo sabe que a gente joga por amor, o financeiro é muito abaixo do masculino, se tivesse que ponderar algo seria jogar por amor. O que você ama fazer é jogar futebol e não só jogar por dinheiro. Não estou dizendo que o masculino é assim, mas a gente sabe que as situações são diferentes. Eu gosto muito de assistir o masculino, acho que a gente cresce muito vendo eles, a decisão com bola, a gente cresce. Futebol é futebol, o respeito é muito importante. Eu estava pensando o quanto seria legal se a gente fosse assistir ao jogo deles e eles viessem assistir ao nosso, criar esse elo, essa conexão, seria importante pro crescimento do futebol num todo", afirmou a atleta.

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Ciente da distância das modalidades, Arthur Elias retificou o discurso da lateral e aproveitou a oportunidade para cobrar ainda mais progresso do futebol feminino no clube. Nesta semana, cabe lembrar, a equipe fechou com a Estrella Galicia para o espaço master de sua camisa.

"Concordo com a Tamires nos pontos que ela levantou sobre o feminino e o masculino. No geral é isso, o futebol é um só, não temos a pretensão de ensinar e nem queremos copiar nada, é uma questão de interação, as duas equipes interagindo", pontuou o comandante.

"O futebol feminino espera que daqui um tempo a participação feminina em todas as frentes do futebol seja mais natural. Dar mais respaldo, econômico, estrutural, de respeito. A gente sabe que aqui no Brasil todo menino tem o sonho de jogar futebol, a pirâmide é muito grande, chegam poucos, os fortes. Eu estive no Museu do Futebol, foi muito legal, fiquei sabendo de um campeonato amador, de várzea, em Paredeiros, uma liga com 100 equipes de futebol feminino, essa modalidade sempre existiu, em todos os níveis, mas foi deixado de lado muito tempo. A participação tem ficado cada vez mais comum, não é forçar a barra. Você não pode colocar alguém que não está preparado, você queima etapa e aí você prejudica a pessoa e o processo. Temos que valorizar e não tratar diferente. Esperamos a evolução. Elas me ensinam todos os dias", concluiu.

Além da classificação para a final, o domingo também ficou marcado pelo excelente público da Fazendinha para acompanhar a semifinal entre Corinthians e Flamengo. Ou seja, a Fiel tem abraçado cada vez mais a modalidade.

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