Divulgação de bastidores do VAR da Arena Corinthians é solicitada pelo Vasco em carta à CBF
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Por Meu Timão
Pouco mais de 24 horas após perder do Corinthians em jogo válido pela 22ª rodada do Campeonato Brasileiro, o Vasco da Gama encaminhou à CBF uma carta em protesto à arbitragem não só do jogo da Arena, em Itaquera, mas da competição como um todo. Assinado pelo presidente cruzmaltino, Alexandre Campello da Silveira, o documento também pede que áudios e vídeos do VAR do último domingo sejam disponibilizados.
"O Club de Regatas Vasco da Gama vem, por meio deste, protestar em relação aos seguidos erros de arbitragem cometidos contra o clube, que têm resultado em perdas de pontos cruciais na atual edição do Campeonato Brasileiro. Partidas do Vasco - para não citarmos também outros jogos da competição - vêm sendo sistematicamente maculadas pelo uso indevido e equivocado da tecnologia de vídeo, o VAR", iniciou a carta vascaína.
O Vasco questiona inicialmente o porquê de o gol do zagueiro Werley ter sido anulado. Aos cinco minutos do segundo tempo, o jogador cruzmaltino empurrou para as redes de Cássio e teve o tento anulado por impedimento após revisão da arbitragem de vídeo.
"No último domingo (29/09), em partida contra o Corinthians, na Arena Corinthians, mais uma vez o prejudicado foi o Vasco da Gama (...) o ex-árbitro e atualmente Presidente da Comissão de Arbitragem da CBF, Leonardo Gaciba, em palestra concedida ao elenco vascaíno na última quarta-feira (25/09), explicou que braço não caracteriza impedimento. Fica, então, a pergunta: por que o gol do zagueiro Werley foi anulado, se este não é sequer um lance interpretativo? O que vale?", indaga Campello da Silveira em nome do Vasco.
Também é citado pelo Vasco um suposto toque de mão de jogador do Corinthians dentro da área, após chute do atacante Rossi. Entendendo ter havido penalidade, o clube carioca questiona o porquê de o lance não ter sido nem mesmo revisto pelo VAR.
"Estranhamente, este foi um lance muito parecido com o que aconteceu no jogo contra o Palmeiras (27/7), em São Paulo, quando o zagueiro Leandro Castán involuntariamente tocou com a mão na bola e o árbitro Ricardo Marques Ribeiro (o mesmo de domingo!!) assinalou pênalti. Há ou não um critério? E qual é este critério?", escreve o presidente vascaíno.
Foram ainda destacados na carta cruzmaltina os 21 minutos de acréscimos, somados os tempos complementares do primeiro e do segundo tempo.
Por fim, o Vasco esclarece que o intuito da carta é "solicitar formalmente que o Sr. Leonardo Gaciba disponibilize os áudios entre o árbitro Ricardo Marques Ribeiro e a equipe do VAR nos lances capitais da partida do último domingo, assim como o vídeo, com todos os recursos tecnológicos e gráficos disponíveis, do lance do gol anulado do Vasco. É o mínimo que se espera do Presidente da omissão de Arbitragem da CBF em respeito ao torcedor vascaíno e à própria competição."
Cabe lembrar que a divulgação de áudios e vídeos de checagens do VAR não é de praxe da CBF. Na semana passada, a Conmebol foi na "contramão" e publicou os bastidores das três decisões da arbitragem de vídeo na derrota do Corinthians para o Independiente del Valle, em jogo disputado na Arena, em Itaquera.