Permanência condicionada à multa? Treinador do Corinthians rechaça e cita até a loja Casas Bahia
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Por Rodrigo Vessoni e Vitor Chicarolli, no CT Joaquim Grava
A multa rescisória não segura Fábio Carille no Corinthians. Quem garante é o próprio treinador. Em entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira, o valor para uma quebra de contrato antecipada foi assunto e rechaçado com veemência e até uma certa ironia pelo comandante.
Questionado se haveria clima para continuar, Carille respondeu:
"Há clima, sim (para ficar). Graças a Deus eu não me preocupo muito com a parte financeira, minha vida direcionou muito de 2017 para cá", avisou o treinador que, na sequência, completou:
"É.. Outro dia o Andrés (Sanchez, presidente) falou da dívida do clube... 400 e pouco. Quem deve 450 deve 470. Não é o dinheiro que vai me prender aqui. Quem deve 100 mil, deve 101 mil. Quem deve R$ 470 milhões, deve R$ 490 milhões. E outra: se está um clima ruim, não é dinheiro que vai segurar. Se eu quiser sair ou se o clube quiser mandar embora. Esquece! Dívida se faz o tempo todo, parcela em 350 vezes igual nas Casas Bahia e segue. Não fiquem achando que é a multa ou não", afirmou.
A multa rescisória de Carille era de R$ 6 milhões quando voltou ao clube. Com cláusula decrescente, ela neste momento está na casa dos R$ 3,5 milhões. Sem citar o valor, o treinador voltou a ironizar a situação no fim da primeira resposta.
"A minha multa é muito pouco para o problema do Corinthians, muito pouco, muito. E não são os valores que estão sendo divulgados, são bem menos", lembrou.
No fim da coletiva, mais precisamente na última resposta, Carille voltou a ser questionado sobre o assunto da multa rescisória. E, apesar de não deixar claro que não abriria mão dela, deixou nas entrelinhas que deverá ser quitada pelo clube, sim, em caso de uma antecipação de sua saída.
"Contratos são feitos para serem cumpridos e para serem conversados também. Quando eu saí do Corinthians para a Arábia, eu fui lá e paguei. Quando eu voltei para o Corinthians, fui lá e paguei. Não sei quem deu essa informação (que a multa seguraria na visão do clube), são as famosas fontes (jornalísticas), estou muito tranquilo e, se o Andrés está me mantendo no cargo, não é por dinheiro. Dever 400 ou 410 (milhões de reais) não muda nada. Se eu tivesse perdido o vestiário, já estaria fora. Não vamos nos apegar dinheiro, isso é história pra boi dormir", finalizou.