Análise: Corinthians domina e vai dominar na Arena; precisa agora fazer os gols
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Por Tomás Rosolino
Em números, o Corinthians teve a atuação que muitos técnicos sonham na noite desta quarta-feira. Fora de casa, deu 19 chutes a gol contra oito do adversário, criou quatro grandes chances de gol contra duas do adversário e ainda teve 72% de posse de bola. Um vacilo (do time e da arbitragem) e um bom sistema defensivo do Guaraní, porém, fazem com que o placar tenha ficado no 1 a 0 para os donos da casa.
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O Corinthians foi a campo com a mesma equipe que enfrentara o Santos no último domingo. Tiago Nunes, apostando na continuidade, viu sua equipe demorar a entrar no jogo, sofrendo com a esperada marcação pressão do time adversário. E acabou pagando caro por isso.
Ainda que tenha havido falta clara em Boselli, o time da casa conseguiu recuperar a bola em pressão duas vezes seguidas, sem deixar o Timão respirar. Janderson, Cantillo e Luan eram os alvos da marcação, aparentemente determinados pelo treinador como as válvulas de escape da equipe alvinegra. No lance do gol, desatenção de Sidcley, dando condição a Morel.
A forte marcação do adversário continuou a causar incômodo para os corinthianos, com Cantillo sem espaço para inverter o jogo como tem feito recentemente. Os paraguaios conseguiram manter esse ritmo até os 25 minutos, quando foram para uma tradicional retranca: primeira linha de 6, segunda de 3 e apenas um centroavante isolado na frente.
Ficando mais com a bola, porém, o Timão conseguiu circular a área adversária e começou a criar espaços. Everaldo saiu várias vezes da esquerda e Janderson também apareceu pelo meio, bagunçando a marcação. O resultado foram duas chances claras, ambas desperdiçadas por Boselli e Everaldo, respectivamente.
O Timão voltou para a etapa final determinado a encontrar o seu gol, tentando envolver a marcação adversária. Faltou, porém, abrir mais o campo, dando amplitude à equipe, papel que cabe mais aos laterais no esquema de Tiago Nunes. O treinador, então, resolveu mandar a campo Lucas Piton no lugar de um Sidcley muito mal.
O canhoto, acionado junto com o meia Mateus Vital, jogou praticamente o tempo todo no campo de ataque, dando opção e acreditando mais nos lances do que o seu companheiro. A defesa, mesmo só com Gil e Pedro Henrique na sobra, ambos na linha do meio-campo, praticamente não sofreu.
O problema ficou na hora de transformar o domínio em chances claras. Em uma das poucas divididas ganhas na entrada da área adversária, Madson, que substituiu Janderson, podia ter empatado, mas chutou em cima do goleiro. No mais, chutes sem tanto perigo para o goleiro adversário em um jogo muito arrastado. Pode se preparar, quarta que vem tem mais.