Nunes fala de pressão após derrotas do Corinthians: 'Se fosse para o Barcelona também seria cobrado'
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Por Meu Timão
O técnico Tiago Nunes somou sua quarta derrota em nove jogos oficiais pelo Corinthians na tarde do último sábado, em Diadema, contra o Água Santa. Superado por rivais modestos, como o próprio time do ABC e a Inter de Limeira, Nunes diz que seria pressionado até se perdesse para gigantes do futebol mundial.
"Perder pro Água Santa, para a Inter de Limeira... se eu perdesse para o Barcelona eu seria cobrado por isso. Então tem que saber disso. A cobrança faz parte. Da torcida, da direção, da comissão técnica. E por jogar no Corinthians tem que ter emocional para lidar com esse tipo de coisa", comentou, assegurando que não tenta se "blindar" disso.
"A pressão externa não tem blindagem. Você tem que saber que jogar no Corinthians sempre implica em sofrer pressão. Você tem que saber que, qualquer palavra que eu diga aqui, vai ter uma repercussão gigantesca", continuou o treinador.
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Questionado se hoje se arrepende por não ter assumido antes o comando da equipe, Nunes disse que, à época em que foi contratado, em novembro de 2019, o melhor a ser feito realmente era colocar Coelho no cargo.
"Não me arrependo até porque não estava preparado para assumir o Corinthians. Eu estava com a cabeça em outro projeto, num vínculo de quase três anos. Então naquele momento eu não teria emocional para fazer o papel do treinador. As pessoas que estavam aqui, naquele momento, estavam mais preparadas para seguir no Corinthians do que eu", assegurou.
O técnico do Timão ainda deixou claro que não imagina ter que trabalhar um ponto específico da equipe para melhorar visando ao duelo contra o Santo André, na quarta-feira, na Arena, pela oitava rodada do Estadual.
"Uma coisa está conectada a outra. Não tem como diferenciar o ofensivo do defensivo. Quando você está atacando o adversário, você já está se preparando para não tomar um contra-ataque. O que precisamos ter é o entendimento desse momento, porque você joga vários jogos dentro do jogo. Então enquanto o ataque está terminando uma jogada, a linha defensiva já está se formando para uma outra situação", assegurou, em busca de um time mais "letal".
"O que penso é que precisamos transformar um grupo de atletas que está acostumado a marcar bastante atrás e sair num jogo vertical para transitar, transformar o perfil do grupo em um grupo protagonista, que busca a bola no campo adversário. E para mudar a característica do jogo, você acaba expondo alguns jogadores. Então precisa de tempo para arrumar isso", concluiu.