Depois de disponibilizar toda sua estrutura para os órgãos públicos na intenção de auxiliar em ações e combate ao novo coronavírus, o próprio Corinthians vai agir em prol da sociedade. Nesse domingo, o clube confirmou uma edição de emergência da campanha Sangue Corinthiano, que vai receber doações de sangue na Arena, no início do próximo mês.

"É uma campanha junto a outros clubes do Brasil. Tivemos uma solicitação da diretoria dos hemocentros de São Paulo no sentido de que, as cirurgias normais estão tendo que ser pausadas porque o sangue disponível para isso tem pouca disponibilidade. Como o presidente colocou a Arena à disposição das autoridades, nada mais justo do que chamar nossa força-tarefa do Sangue Corinthiano para ajudar nisso", explicou Carlos Roberto Elias, diretor do departamento de responsabilidade social do clube, à Rádio Transamérica.

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Marcado para os dias 7, 8 e 9 de abril, o evento funcionará apenas com agendamentos via internet, evitando qualquer tipo de aglomeração que possa aumentar os riscos de contaminação do coronavírus. A doença, cabe destacar, é um dos motivos da campanha, mas não o único.

"É um momento de necessidade maior, porque virou-se a cabeça somente para o coronavírus. As pessoas tem doenças normais, necessidade de cirurgia... Com isso, o estoque de sangue baixou a níveis preocupantes a ponto de não poder atender cirurgias emergenciais ou programadas. Respeitando o calendário, acertamos isso após dia 6 de abril, que seria a primeira análise do movimento Fique em Casa. É muito importante a doação nesse momento", explicou o dirigente.

"Vamos lançar a campanha com um site de agendamento. A Sangue Corinthiano, que é uma ONG de torcedores, está finalizando esse site. O torcedor deverá acessar e fazer o agendamento. Com isso confirmado, se desloca para a Arena, onde estaremos recebendo os torcedores com todas as cautelas para coletar o sangue", completou.

Mais do que as doações de sangue, o Corinthians tem batido muito na tecla do isolamento social para diminuir o avanço da pandemia, como pede a Organização Mundial de Saúde. Já há, no entanto, um movimento contrário a isso no Brasil. Questionado sobre a posição do clube e quem decidiu tomá-la, o diretor foi sucinto.

"Eu não tenho nem dúvida para responder. A ordem foi do presidente Andrés Sanchez, que pensou apenas na saúde para se posicionar nesse sentido. A Responsabilidade Social tem o mesmo olhar e pensamos assim desde o início. Primeiro a saúde, porque sem ela não fazemos nada", concluiu.

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