Embaixadinhas de Edilson promoveram estreia de Ronaldinho Gaúcho na Seleção; entenda
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Por Tomás Rosolino
As famosas embaixadinhas do atacante Edilson na final do Paulista de 1999, que serão reprisadas pela TV Bandeirantes a partir das 14h (de Brasília), marcaram uma conquista histórica do Corinthians e abriram passagem para que um dos maiores jogadores dos últimos anos surgisse no futebol mundial.
Ronaldinho Gaúcho, então apenas Ronaldinho, era um jovem no qual o Grêmio apostava muito para o futuro. Ele acabara de "humilhar" Dunga com dribles históricos e tinha feito o gol do título gremista no Campeonato Gaúcho de 1999, mas não havia perspectiva de atuar pelo Brasil até Edilson resolver tirar sarro dos palmeirenses.
Além da briga, já documentada e imortalizada na memória de quem acompanha o futebol brasileiro, a peripécia do atacante corinthiano fez com que ele fosse cortado da delegação da Seleção Brasileira que disputou a Copa América daquele ano, no Paraguai. O garoto, então, acabou convocado de última hora e deu sequência à sua brilhante trajetória.
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Ao lado de Marcelinho Carioca, Edilson era à época o principal jogador de um Corinthians dominante no Brasil e tinha boas chances de ser titular ao lado de Ronaldo no que acabou por ser uma conquista do país no torneio continental. Ele começaria em vantagem porque Amoroso se apresentou com uma lesão e precisaria de um tempo para se recuperar.
Então técnico da equipe, porém, Vanderlei Luxemburgo não gostou do que viu na decisão do Paulista. Diretamente de Foz do Iguaçu, onde a Seleção estava concentrada, anunciou o corte do atacante cerca de três horas após o encerramento da decisão do Paulista.
"Foi uma atitude feia, que provocou uma situação desagradável até com os torcedores. Não gostei. Ele manchou o título do Corinthians", criticou à Folha de São Paulo o comandante, que havia treinado Edilson meses antes na conquista do Campeonato Brasileiro de 1998.
Luxemburgo já havia se desentendido com Marcelinho meses antes, cortando-o de uma convocação para amistosos. Sua demissão do cargo, em 2000, porém, ao menos abriu espaço para que Edilson integrasse o elenco que conquistou o pentacampeonato, em 2002.