Em meio a protestos de jogadores, Câmara pode suspender dívidas de clubes durante a pandemia
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Por Meu Timão
Boselli é um dos atletas insatisfeitos com a possível aprovação do projeto de lei
Daniel Augusto Jr/Ag. Corinthians
Com o coronavírus avançando em território nacional, a discussão em torno da volta do futebol continua complexa. Como se esse diálogo não bastasse, os bastidores do esporte estão aquecidos por outro fator referente a pandemia.
Nesta semana, a Câmara de Deputados pode votar a PL 1013/20, do deputado Hélio Leite (DEM-PA), que prevê suspensão do pagamento de todas as parcelas referentes ao Profut (Programa de Modernização da Gestão e de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro) durante a paralisação do calendário de jogos.
A medida inclui débitos com Receita Federal, Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional e Banco Central. De maneira geral, a votação pode parecer positiva para o futebol, mas a classe dos atletas está insatisfeita e já faz protestos com a PL.
Um dos exemplos disso é Mauro Boselli. O atacante do Corinthians publicou nota da Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol contra a possível votação da Câmara dos Deputados. A revolta se dá pelo trecho do documento que prevê suprimir em 50% as cláusulas compensatórias em situações de rompimentos unilaterais de contrato de jogadores.
"Esta PL também traz artigos que tratam da subtração de importantes direitos dos atletas. Agora é hora de debatermos exclusivamente o contexto do retorno das competições, assunto que envolve a vida dos atletas. A FENAPAF já manifestou publicamente que estas subtrações precisam de um debate, e dele não nos escondemos, mas de forma ampla e com a parte principal, os atletas, sendo ouvida. Não tem sido o caso", diz a nota - veja a publicação do argentino abaixo.
Além de Boselli, mais nomes do Corinthians postaram o mesmo protesto, como Gil, Pedro Henrique, Fagner, Gabriel, entre outros.
No final da nota, os atletas destacam a possibilidade de novos atrasos no calendário do futebol caso seus direitos não sejam respeitados. De acordo com a ESPN, o projeto de lei pode ser votado já nesta terça-feira.
