Torcedor do Corinthians é demitido após aparecer em protesto contra Bolsonaro
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Por Meu Timão
Uma das figuras mais famosas após o protesto do último domingo, o torcedor do Corinthians, Emerson Osasco, alega que sua aparição nos protestos pró-Democracia e contra o governo Bolsonaro lhe custaram o emprego. A afirmação foi feita em entrevista ao Uol Esporte e relatou a rapidez com que um serviço elogiado foi tratado como dispensável pela sua empresa após os ocorridos.
"Após toda a repercussão, as imagens chegaram no meu serviço", afirmou o torcedor, que era contratado como pessoa jurídica da multinacional Softtek, empresa de tecnologia fundada em 1982 no México, com filial em Barueri (SP). Ele foi demitido logo na segunda-feira - o ato foi realizado um dia antes. Ele é diretor e conselheiro da Gaviões da Fiel.
A Softtek negou que tenha rescindido o contrato de Emerson por razões políticas, mas disse que não comenta casos específicos. "Nossas políticas de RH cumprem os regulamentos e estão alinhadas ao nosso código de ética", diz breve nota enviada à reportagem.
"Há um tempo atrás eu trabalhava como quarteirizado para a empresa. No mês passado, fui absorvido para ser terceiro direto. Meu contrato era de seis meses, e eu só recebia elogios pelo meu trabalho", conta Emerson. Ele diz que estava de home office na tarde seguinte ao protesto quando um gerente ligou para informar que ele estava dispensado.
Emerson afirma que no meio da conversa o gerente mencionou sua participação no ato como o motivo da rescisão. "Ele acabou falando que foi porque eu estava na Paulista e mencionou um vídeo que eu tenho com o Lula. Vou entrar com uma ação na Justiça porque foi uma perseguição política. Ficou evidente para mim que foi por causa disso", declarou.
Emerson, que assegurou nova participação nos atos deste domingo, agora no Largo da Batata, foi candidato a vereador nas eleições municipais de 2016 pelo partido Solidariedade.