Neto lembra Brasileirão de 90 e puxão de orelha em Mauro: 'Chutou a bola do título na arquibancada'
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Por Meu Timão
Neto esteve na campanha histórica do Brasileirão de 1990
Divulgação/Corinthians
Um dos maiores ídolos da história do Corinthians, Neto teve duas passagens e é lembrado com carinho pela torcida corinthiana. Em uma entrevista publicada nesta sexta-feira, o meia relembrou momentos especiais proporcionados com a camisa alvinegra e, principalmente, a conquista do primeiro Brasileiro do clube.
"A minha vida, no Corinthians, ela se transformou em tudo o que um atleta de futebol deseja. Eu não tenho muitos títulos, tenho Paulista, Brasileiro, vice olímpico, vice não sei o que. Mas o título de 90, que vai completar 30 anos agora dia 16 de dezembro, ele abriu as portas para mim, não quando eu joguei, mas quando eu parei de jogar. Isso que é muito foda", iniciou o agora apresentador e comentarista em participação ao Podcast Hoje Sim, de Cléber Machado.
Um dos momentos relembrados pelo ídolo corinthiano e pelo jornalista foi o gol de Tupãzinho, marcado na final do Brasileirão, contra o São Paulo, que teve início no meio de campo justamente com o craque Neto. O comentarista ainda lembrou do puxão de orelha que deu em Mauro
"Vou te falar, eu torci muito pro Mauro fazer o gol. Tanto é que, na hora que sai o gol, o Mauro vai e chuta a bola para arquibancada, eu falei: 'Ô, seu burro, se você tivesse guardado a bola, tinha a bola da final até hoje'. Ele fala para mim: 'Porque que eu chutei a bola do título para a arquibancada?'. Eu não sei quem tem essa bola até hoje", brincou o ex-meia.
Neto ainda contou que nenhum dos corinthianos acreditava na classificação no campeonato. O cenário só passou a mudar para os jogadores depois da vitória contra o Palmeiras, por 2 a 1, em que Neto marcou um de seus gols de falta.
"Esse time, vou te falar a verdade, nós não achávamos que a gente classificaria. Ninguém achava, nem diretoria, nem ninguém. Tanto é que quando a gente ganha o título, não tem festa nenhuma", disse.
"Começou o campeonato a gente perdeu três seguidas. Daí a gente pegou o Palmeiras, eu fiz um gol de falta e acho que quem fez o segundo foi o Fabinho. Ganhamos de 2 a 1. Depois desse jogo contra o Palmeiras, o time do Corinthians melhorou, o Nelsinho conseguiu ter um entendimento de equipe", recordou Neto.
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Em 17 anos como jogador de futebol, Neto relembrou os melhores anos de sua carreira. Conhecido por suas belíssimas cobranças de falta, o craque afirmou que as bolas paradas foram essenciais para ser colocado como destaque.
"Eu, como jogador, em 89, 90, 91, 92, 93 e 94, eu joguei muita bola. Eu acho que joguei seis anos bem, dos 17 que eu joguei. Eu acho que esses anos foram o legado que eu deixei como jogador. Eu não fui atleta, porque eu gostava da noite, não gostava de treinar, gostava da minha cerveja, fumava. Não era um cara responsável, mas era um cara muito querido por onde passei. Fiz muitos amigos, fui um jogador muito bom de bola", afirmou.
"Eu acho que as bolas paradas foram importantes para que eu pudesse ser colocado como jogador de um nível bom. Não me acho um grande craque, mas acho que, da minha época, fui um dos craques do futebol brasileiro. Fui eleito duas vezes o melhor jogador do Brasil, em 91 e 91. Deveria ter ganhado a bola de ouro em 90 e 91 e não ganhei, mas isso aí for por causa das pontuações, de um joga menos, outro mais. Mas isso não tem problema", concluiu Neto.
Pelo Corinthians, Neto soma 228 jogos e 80 gols em suas duas passagens pelo clube e esteve presente em dois títulos conquistados: o Campeonato Brasileiro de 1990 e o Campeonato Paulista de 1997.
