Médico da CBF fala sobre protocolos, evita cravar data e ressalta: 'Segurança total, só em bolha'
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Por Meu Timão
Liberado pela prefeitura para treinar a partir de 1º de julho, o Corinthians começa seu caminho de volta nesta segunda-feira, com ida dos atletas ao CT Joaquim Grava. Apesar do retorno às atividades, ainda não há confirmação de datas para o Paulistão, nem para CBF. O que se sabe, porém, é que os torneios vão acontecer de uma forma ou de outra.
Presidente da Comissão Médica e de Controle à Dopagem da CBF, Jorge Pagura valorizou os protocolos que devem ser adotados para que as partidas recomecem e ressaltou a dificuldade de se proteger por completo.
"Está tudo altamente pensado para que façamos as coisas com segurança. Agora, segurança total, não vai haver. Não vai haver no hospital, não vai haver no shopping, não vai haver na loja", disse, em entrevista ao FOX Sports, na noite deste domingo.
"Estamos esperando que a curva comece a ficar descendente para sair de uma pandemia e entrar em uma endemia. Ou seja, ficaríamos convivendo parcialmente (com o vírus). Então, não vai ter jeito. Proteção total, só se colocar em uma bolha. Mas vamos ter medidas muito seguras", completou.
A partir desta semana, em que atletas começam a fazer exames físicos no CT Joaquim Grava, uma série de regras de prevenção começam a vigorar, mesmo após confirmação de oito casos ativos no elenco e 13 outros nomes infectados no passado. Apesar desse número assustados e do risco que ele traz, Pagura garantiu a volta do Brasileirão.
"Quem falar em data, vai errar. O STF delegou às autoridades locais a decisão da reabertura, de acordo com sua curva epidemiológica e com a disponibilidade do sistema de saúde. E o Brasil é um país continental. Não temos data, mas vamos começar, sim", analisou.
"O presidente Rogério Caboclo já disse: 'Nós vamos jogar o Campeonato Brasileiro'. Mas vamos jogar com segurança e sem forçar absolutamente nada. Nós, médicos, somos treinados para salvar. Entendemos toda a questão socioeconômica, mas nossa prioridade é a saúde", concluiu.