Danilo Avelar evita cravar titularidade no Dérbi, mas comenta possível estreia em nova função
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Por Andrew Sousa e Rodrigo Vessoni
Avelar concedeu coletiva virtual na tarde desta terça-feira
Rodrigo Coca/Agência Corinthians
O técnico Tiago Nunes ganhou um problema de última hora para o Dérbi desta quarta-feira. No fim de semana, o clube vendeu Pedro Henrique, que já foi anunciado pelo Athletico Paranaense. Para seu lugar, então, a tendência é que o técnico escale Danilo Avelar, que volta de lesão e pronto para estrear em nova função.
Apesar do cenário favorável à estreia, porém, o camisa 35 evitou cravar a titularidade quando questionado pelo Meu Timão em coletiva virtual nesta terça-feira, véspera da partida. Mesmo despistando, ele comentou sobre a adaptação à zaga e evitou dar prazo para atingir o melhor nível.
"Pelo jeito você já me colocou como titular. Nem eu estou sabendo e você já me colocou como titular (risos). Em relação a adaptação, precisa de tempo, é inevitável. Só craques conseguem da noite pro dia mostrar o maior potencial. Me sinto seguro, porque tenho companheiros que vão me ajudar. Tenho uma comissão que sempre me passa dados, números, vídeos, no que posso melhorar. Consigo ver meus erros no treinamento, importante, porque no jogo não dá para errar", pontuou.
"Cada jogo permite uma possibilidade. Se puxar dados, tive 100% nos passes da Florida Cup, algo que eu não imaginaria. Tudo depende de como o time está encaixado, como o adversário te exige. Circunstâncias ditam a atuação. É difícil falar em tempo, mas no futebol não existe isso. Todo jogo você tem que provar que está bem. Não dá para falar que daqui dez jogos vou estar bem, isso não existe. Se eu disputar o clássico amanhã, vou dar o meu melhor", completou.
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Mesmo driblando a pergunta sobre sua titularidade, Avelar falou com carinho da possível chance de fazer sua estreia na zaga logo contra o maior rival, com quem tem boas recordações - marcou o gol da vitória no Paulistão de 2019.
"Às vezes o destino prepara a gente para coisas que a gente não sabe nem explicar. Por isso que eu falo, no futebol se você não está preparado, a oportunidade passa e você perde. Se eu tiver a oportunidade de voltar a jogar depois de uma lesão, depois da pandemia louca, em um clássico, vai ser um presente que o destino vai me dar. Talvez por mérito, talvez por destino, respeito, não sei. Não só eu, mas todos que puderem estar no clássico têm algum merecimento e têm que fazer valer dentro de campo", finalizou.
Como está na zaga?
Com os treinamentos fechados para a imprensa, a Fiel tem muitas dúvidas sobre o que acontece diariamente no CT Joaquim Grava. Diante da iminente titularidade do defensor, então, o desejo de saber como está seu desempenho na nova função aumenta. Questionado, o atleta ressaltou que precisa jogar para poder avaliar seu grau de adaptação.
"Uma partida oficial como zagueiro eu ainda não fiz. O máximo foi um tempo no Torino e na Florida Cup. Então parece que é próximo ser lateral de zagueiro, mas exige atenção redobrada, movimento de corpo, tudo. Tenho buscado todo dia perguntar, entender, pesquisar. As vezes errar proposital para entender e não fazer em campo. Estou buscando melhorar todo dia", explicou.
"Chegar ao melhor exige jogos, ritmo, entrosamento, então não tem como ponderar só com treinamento. Estou confiante, bem física e mentalmente. Mas o jogo permite muitas coisa. As vezes é um jogo cauteloso, as vezes mais arriscado. O principal é encarar o clássico da forma que é", concluiu.
