O Corinthians está de volta à final da Liga Nacional de Futsal. Quatro anos depois da conquista do seu primeiro título do principal torneio da modalidade, o Timão terá a chance de levar o bicampeonato após vencer o Joinville por 3 a 1 na noite desta quinta-feira, fora de casa, pela volta da semifinal do torneio.

O clube já havia vencido por 4 a 2 no Parque São Jorge e confirmou a vaga com outro triunfo. O nome de destaque, assim como na ida, foi o pivô Deives, autor dos três gols da equipe, o último chapelando o goleiro e tocando para o gol vazio.

Na final, o Timão vai enfrentar o Magnus, justamente o mesmo rival que venceu em 2016. O time de Sorocaba, grande favorito da competição, ganhou 16 dos seus 18 jogos e está invicto no torneio. O primeiro jogo será domingo, às 18h (de Brasília), em São Paulo.

Escalação: Depois de um duelo bem desgastante na ida, André Bié escalou o quinteto do Corinthians com Careca, Nenê, Murilo, Batalha e Deives. Do outro lado, o Joinville começou a partida com Willian, Leco, Igor Carioca, Genaro e Andrei.

Como foi o jogo?

Primeiro tempo

O primeiro tempo foi muito movimentado em Joinville, principalmente depois dos oito minutos iniciais de estudo e respeito dos dois lados. No primeiro grande lance, Leco entrou pela defesa alvinegra e rolou para Dieguinho na segunda trave, mas o goleiro Careca parou chute do pivô em gigante defesa.

Pouco depois, em discussão dos jogadores dentro de quadra, a arbitragem resolveu expulsar o goleiro Obina, que não teve nenhum evento marcante no entrevero. O pior erro da arbitragem, no entanto, ainda estava por vir.

Mesmo abalado pela ausência do reserva, o Timão conseguiu abrir o placar na sequência, quando Daniel Airoso roubou bola no ataque e rolou para Deives, com técnica, bater no canto e marcar outra vez nesta semifinal. Ele já havia anotado duas vezes na ida.

O bom momento alvinegro, no entanto, foi abalado por uma péssima atuação da arbitragem. Depois de chute de Leco, Batalha, que havia escorregado, conseguiu se levantar e fazer o corte. A bola bateu na coxa do corinthiano, mas o juiz viu mão e apontou para a marca do pênalti.

ABSURDO! Não é a primeira vez que vejo uma arbitragem bem tendenciosa contra o Corinthians. https://t.co/6QrKRkbL20 pic.twitter.com/8tS8iVq2Qs

— Ligados No Timão (@LigadosNoTimao) December 10, 2020

Os jogadores corinthianos reclamaram da ação do juiz, mas não conseguiram convencer a arbitragem a voltar atrás. O cenário foi piorado porque Obina, que entra para tentar fazer a defesa das penalidades, havia sido expulso injustamente, além da infração marcar a quinta falta corinthiana no período, deixando o time pendurado por sete minutos.

Para completar o combo, Careca ainda pegou a cobrança de Genaro, mas o adversário fez no rebote. Até o fim do primeiro tempo, uma grande chance para cada lado: pelo Timão, Guilhermção recebeu lançamento de Careca, girou e, cara a cara, parou em defesa de Gian. Na resposta, Caio recebeu cara a cara com Careca e tocou para fora.

Segundo tempo

O segundo tempo começou com muita marcação dos dois lados e as equipes com dificuldade para ter profundidade nas jogadas. Bié tentou corrigir isso mandando a campo sempre uma formação com um pivô mais pesado a partir dos cinco minutos, alternando a escolha entre Higor, Éder Lima e Guilhermão.

A combinação afastou o Joinville do gol corinthiano e fez o Corinthians acumular boas chances no ataque. Depois de duas jogadas ensaiadas em falta, Higor teve a chance de fazer o segundo aparecendo livre na segunda trave após cobrança de escanteio. O camisa 17, no entanto, chapou a bola para fora.

O Timão manteve a intensidade, porém, e a formação com dois pivôs deu resultado. Éder Lima, na sua tradicional jogada na ala esquerda, tabelou com Jacson e girou batendo cruzado. Deives antecipou a marcação e mandou para o gol. A bola passou por baixo de Willian, entrando de mansinho no gol do JEC.

O time da casa colocou o goleiro-linha logo na sequência e passou a ter a posse de bola no campo de ataque, mas a marcação montada por André Bié seguiu impecável. O Corinthians levou mais perigo nas retomadas de bola do que os mandantes no trabalho com a redonda.

Para fechar a grande noite, Deives ainda conseguiu uma pintura ao roubar bola no meio, chapelar o goleiro e tocar para o gol vazio, em mais uma exibição épica com a camisa corinthiana.

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