Da diminuição da ambição interna à queda física dos veteranos: a queda do Corinthians no BR-20
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Por Rodrigo Vessoni
Após perder apenas duas vezes com Mancini nos meses de outubro, novembro e dezembro, o Corinthians perdeu três dos últimos quatros jogos deste mês de janeiro. E o torcedor do Corinthians se pergunta: o que acontece?
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Em busca de uma resposta, a reportagem do Meu Timão conversou com pessoas próximas ao presidente Duilio Monteiro Alves e também aos jogadores (estafes). E algumas situações foram passadas como possíveis explicações, que serão esmiuçadas abaixo:
Diminuição da ambição interna
Chegar aos 45 pontos e findar qualquer chance de rebaixamento fez mal. Houve uma diminuição da ambição interna que, consequentemente, acarretaram em quedas de intensidade nos treinos e nas cobranças. Apesar de Mancini falar em 'vaga na Libertadores, a nova meta', o novo objetivo não rendeu uma maior ambição dos atletas.
Queda física dos veteranos
Gil, Jô e, principalmente Fábio Santos, três dos mais veteranos do elenco, tiveram uma queda física nos últimos jogos. O calendário, que parecia férias com tantos dias de folga - equipe chegou a ficar 17 dias sem entrar em campo -, voltou à normalidade. Foram 5 jogos nos últimos 15 dias... e o cansaço apertou. Em Salvador, por exemplo, Mancini precisou tirar Fábio Santos antes do fim contra o Bahia. Jô ficou em campo por não ter substituto.
Desfalques
O Corinthians voltou a conviver com ausências no elenco, que já não é dos mais qualificados. Expulsões e lesões fizeram com que boa parte dos titulares perdesse jogo (ou jogos). As exceções foram Fagner e Fábio Santos, que atuaram em todos os jogos desse mês de janeiro. O ápice ocorreu diante do Bahia, quando Mancini não teve 15 jogadores à disposição e colocou em campo atletas que nem estavam sendo relacionado, como Jonathan Cafu.
Falta de repertório tático
Em duas das três derrotas ficou claro que a equipe não conseguiu encontrar um antídoto para o esquema tático do adversário. O Corinthians foi dominado pelo Palmeiras e pelo Red Bull Bragantino, tendo enormes dificuldades para sair da marcação e dando muitos espaços para o adversário construir jogadas. Foram seis gols tomados e nenhum marcado nesses dois jogos. Mancini chegou a ser questionado por jornalistas sobre esse domínio tático dos rivais.
Salários atrasados
Os jogadores voltaram a conviver com a situação que foi rotina no ano passado: salário atrasado. No caso, o de 5 de janeiro (referente a dezembro). Ainda há dúvida se a diretoria conseguiu honrar o 13º salário e metade das férias de 2020. Nesse cenário de salário atraso, a equipe venceu Fluminense e Sport, e perdeu de Palmeiras, Red Bull Bragantino e Bahia. A diretoria chegou atrasar quatro meses de salário em 2020, mas conseguiu contornar a situação internamente.
Em tempo: o Corinthians volta a campo na próxima quarta-feira, diante do Ceará, na Neo Química Arena. A equipe cearense tem os mesmos 45 pontos do Timão, ficando à frente na tabela por critérios de desempate. O confronto da próxima semana é considerado fundamental na briga por uma vaga na Libertadores 2021.