Ex-diretor de futebol do Corinthians pede paralisação do futebol: 'Vida em risco'
2.4 mil visualizações 30 comentários Reportar erro
Por Meu Timão
Ex-diretor de futebol e conselheiro vitalício do Corinthians, o médico Jorge Kalil posicionou-se veementemente a favor da paralisação dos jogos do Campeonato Paulista como maneira de controlar a circulação do vírus da Covid-19 no estado de São Paulo. Para ele, seguir jogando é ignorar um cenário de caos.
"Essa doença, a cada momento, descobrimos novos fatos. E nenhum atleta que pertence ao espetáculo é vacinado. Todavia, essas outras medidas de prevenção não podem ser considerados uma medida que cause zero de contaminação. Estamos falando aqui não só dentro das partidas porque tem treino, alimentação, onde há convivência com todos os funcionários. Nunca será zero", disse, em entrevista à ESPN Brasil.
"Essas medidas profiláticas e preventivas não nos garantem que ninguém será contaminado. Estão deixando de lado um fator muito importante: essa maldita doença deixa sequelas, especialmente nos pulmões. Os atletas vivem dessa condição física e, certamente, uma sequela no pulmão pode acabar com a carreira. A minha tese é informativa", continuou.
Notícias relacionadas
Presente no comando do departamento de futebol ao lado de Duilio Monteiro Alves durante os nove primeiros meses da pandemia no país, Kalil ainda explicou que há de se levar em consideração a mutação do vírus ao comparar cenários com os de outros países.
"Estou afastado do futebol desde que o presidente Duilio assumiu, por opção dele, mas, desde que eu saí, há um fator novo: essa nova cepa do vírus. Esse vírus novo, que é uma alteração na P1, é um vírus muito mais letal, agressivo e que deixa mais sequelas. Respeito e faço toda minha deferência a todos que me antecederam, mas estou baseado na literatura. Não podemos colocar a vida em risco. Basta um. E não precisa ter nenhum. A vida é mais importante que o futebol", avaliou, antes de encerrar;
"Temos restaurantes fechando, gente que precisa trabalhar, que é arrimo de família e não pode trabalhar por precaução. Por que abrir uma exceção ao futebol? Baseado em que se está dizendo que a contaminação é menor? Isso aí é empírico, não tem estudo", concluiu.