Presidente da FPF questiona paralisação, admite Paulistão em outro estado e cogita processo
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Por Meu Timão
Conforme determinação do Governo Estadual e do Ministério Público, o Campeonato Paulista está, ao menos até o momento, paralisado até o dia 30 de março. Presidente da Federação Paulista de Futebol, Reinaldo Carneiro Bastos ainda tenta reverter essa situação. Insatisfeito com a decisão dos órgãos responsáveis, ele questionou a pausa e admitiu que pode levar os jogos do torneio para outro estado.
"Nós propomos ao Ministério Público e ao governo do estado testar todos os atletas, isolar todos, quem tem CT, no CT, quem não tem, em hotéis. Testar antes de todas as partidas, ninguém sairia da bolha, com um número reduzido dos profissionais do clube e dos que fazem as partidas. Em média temos 176 pessoas em uma partida de futebol, íamos reduzir para 55. Imprensa, só os detentores dos direitos. Seríamos extremamente rígidos, mas mesmo assim, sem ciência e medicina, não foi aceito", lamentou, em entrevista ao SporTV.
"Próximos passos: estamos estudando com cautela a alternativa de jogar em outros estados. Por enquanto, com muita cautela, só após estar ajustado com prefeitos e governadores que daremos esse passo", completou.
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A exemplo de nota publicada pela FPF na terça, o mandatário ressaltou a importância dos testes constantes para os jogadores e suas famílias, além da parte financeira para clubes e profissionais. Por isso, não negou a possibilidade de ir à Justiça pela continuidade da competição.
"Óbvio que a Justiça é a última das opções, mas quem não teve um problema com inquilino, batida de automóvel, problema com patrão, e foi para a Justiça resolver. Ir atrás disso faz parte da democracia. O futebol procurou o governo e o Ministério Público várias vezes, esgotamos qualquer forma de diálogo. Justiça é a última opção, quando não tiver mais caminho", afirmou, antes de mais questionamentos à decisão.
"O que nos incomoda muito é parar o futebol por uma recomendação do Ministério Público, sem respeito à ciência e à medicina. O que incomodou a Federação foi parar o futebol, ajustar uma reunião com o governo, com o Ministério Público. Fomos para essa reunião com três secretários do estado. Levamos a possibilidade da bolha. Dissemos que pararíamos a Séries A2 e A3, que o futebol não é cego, propusemos a bolha. Mas todos, sem nenhum exceção, fizeram qualquer crítica ao projeto apresentado. Nenhuma crítica. Nossa surpresa foi, quando na coletiva, o governador Doria trocou o interlocutor do Centro de Contingência da Covid-19, que faltou com a verdade. Todos elogiaram o protocolo e a proposta da Federação. Na reunião de noite com o Ministério Público, usando essa fala do Paulo Menezes, manteve a decisão. Não teve ciência, não teve medicina, e não foi isso que conversamos na reunião. Isso incomodou muito a federação e os clubes", finalizou.