Avelar lembra frustração em Copa do Brasil de 2018 e detalha decisão de virar zagueiro
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Por Meu Timão
Danilo Avelar falou sobre mudança de posição no Corinthians
Reprodução/Youtube
Em recuperação de grave lesão no joelho, Danilo Avelar é um dos nomes com mais tempo de casa no elenco do Corinthians. Entre tudo que o atleta já viveu no clube, há uma lembrança muito amarga: o vice da Copa do Brasil contra o Cruzeiro, em 2018. A derrota ficou marcada por gol anulado de Pedrinho e o zagueiro não esquece a sensação ao ver a decisão do árbitro.
"Peguei o Pedrinho, coloquei nas costas e falei "é agora, a gente vai virar essa p****". Estava inflamado o negócio, os caras sentiram a pressão. Aí, aquele falta nada a ver. Até hoje eu vejo aquele lance. Não é possível. Jadson coitado, Dedé com 5 metros de altura, ele encostou e o cara caiu. É f***", lamentou o jogador, em entrevista ao Podpah, podcast no Youtube que se tornou um dos fenômenos recentes da internet, com 1,5 milhão de seguidores e média de 12 mil novos inscritos e 936 mil views por dia (apresentado por Igão Cavalari e Mitico Jovem).
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Contratado em junho daquele ano, Danilo Avelar não viveu uma grande temporada inicial no clube. Ciente de que não estava vivendo um grande momento, o atleta lembra dos primeiros passos bastante questionados com o manto alvinegro.
"Quando eu cheguei no Corinthians, sei que não estava no meu melhor. Todo mundo me criticava, mas eu estava sendo jogando. Eu parava pra pensar: "não é possível que eu estou tão mal assim". Se o treinador, um cara que entende, estuda e vive futebol, vê que estou me doando e me põe pra jogar, não é possível que eu esteja tão mal assim", analisou.
Depois de oscilar muito e viver grandes momentos, o lateral resolveu mudar de posição no início de 2020. Em seus primeiros confrontos, agradou a Fiel, mas acabou se lesionando. Prestes a voltar, ele lembra a decisão de virar zagueiro.
"Os caras me cornetavam muito. Eu não chegava no fundo para cruzar. Todo mundo tem que chegar ao seu limite. Não estou diminuindo meu valor, mas a exigência da lateral esquerda no Brasil é um perfil diferente do meu biotipo. Eu enxerguei isso, que eu poderia ter uma vantagem na zaga por ter feito a carreira na lateral. Uma coisa complementa a outra e eu poderia ter um diferencial. Um zagueiro que sai jogando melhor, canhoto, um pouco mais rápido que o tradicional. No Torino eu fiz um amistoso na zaga, fui totalmente sem peso e arregacei no jogo. Ele me falou 'não precisa ser agora, mas lá na frente você pode ter sucesso nessa posição'", afirmou.
"Por mais que parece que está do lado, é totalmente diferente. Posição de corpo, decisões, domínio. Estava acostumado a olhar para a frente de um jeito, só tinha um lado pra jogar. Hoje é diferente. É uma adaptação. Mas eu consegui ter tranquilidade. Me surpreendi com os jogos que eu fiz, achei até rápido a adaptação. Por mais que eu tive uma falha ou outra, eu sabia que trabalhando eu posso ter sucesso. Tenho muita confiança. Até pela idade. Lateral tem que ter muito físico para aguentar. Estou muito confiante que vou conseguir mostrar alguma coisa boa", completou.
