Análise: Corinthians não aprendeu na vitória e vai precisar definir o que quer em 2021
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Por Tomás Rosolino
O Corinthians, seus jogadores e o técnico Vagner Mancini falaram por dois meses que, apesar do futebol ruim, era melhor aprender a evoluir vencendo do que perdendo. O discurso, muito bonito, por sinal, claramente não se desenvolveu na prática e coloca o clube em uma linha cruzada para a temporada 2021.
Será a hora da molecada? Será necessário recorrer aos experientes para ao menos não sofrer? Qual é a ideia de jogo da equipe? Jemerson e Otero são dispensáveis? Então por que têm jogado tanto?
Essas são algumas das várias perguntas que um time tão mal postado em campo, desconcentrado e totalmente dependente das raras individualidades - isso dias depois de liberar uma delas de graça para o Fluminense.
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Nesta sexta-feira, o gol do São Bento, ainda que com todo o mérito do lateral Gabriel, dono de bela história após balançar a rede, viu vários jogadores não fazerem a falta em exatas sete oportunidades até acertar o belo chute de esquerda da intermediária ofensiva.
Depois, o time foi uma sucessão de inversões para Fagner, sempre com dois na sua marcação, tentar desenvolver o jogo pelo lado direito. O lateral, além disso em noite ruim, não foi capaz de ser ao menos o idealizador de boas jogadas que às vezes é.
Os jovens Vitinho, Rodrigo Varanda e Cauê, como era de se esperar, oscilaram bastante e pouco conseguiram fazer em meio à desorganização apresentada. A substituição no intervalo foi justa, mas apenas em busca do resultado. A meta é desenvolver? Então há que deixá-los em meio à dificuldade.
O gol saiu em um lance fortuito: mão na bola sem motivo do zagueiro adversário e a outra jogada em que a torcida confia 100%. Fábio Santos foi para o pênalti e bateu com precisão para deixar tudo igual.
O time ainda tentou, pressionou, Luan buscou o jogo e até Léo Natel foi boa opção. Há de se considerar, no entanto, que o São Bento é muito fraco. Não vencer um time desse nível é alerta de nível máximo.
Daqui uma semana, time estará iniciando uma sequência com Santos, Peñarol e São Paulo, que pode reservar problemas ainda maiores com um futebol de nível tão baixo.