Erika comenta diferencial em estrutura do Corinthians e comemora momento do futebol feminino no país
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Por Meu Timão
Após um período de folga, o elenco feminino do Corinthians retomou os treinamentos na última semana. A equipe comandada por Arthur Elias se prepara para a disputa das quartas de final da competição, em agosto.
Em entrevista ao 90min, a zagueira Erika, que faz parte do elenco corinthiano e também da Seleção Brasileira Feminina de Futebol, valorizou o aumento do nível técnico e tático do Brasileirão nesta temporada. Além, também, de destacar a procura pela modalidade.
"É isso mesmo. Está sendo, vamos dizer, a melhor edição de nível tático, técnico. Está sendo muito importante para muitas jogadoras de Seleção, jogadoras que estavam fora do país… Elas estão retornando ao Brasil e isso dá um crescimento, uma visibilidade pro futebol feminino enorme aqui no Brasil (...) Eu fico muito feliz também porque muitos profissionais da área, mulheres, estão cada vez mais integradas nisso. Quando você tem conteúdo, quando você tem pessoas que debatem o assunto com tanto orgulho, com tanta dedicação, tudo isso gera crescimento para o futebol feminino. Eu acredito que só tem a crescer. Então, está sendo sim, a temporada e o ano mais competitivo de um Brasileiro”, disse a jogadora.
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Erika ainda destacou que o retorno na modalidade tem sido cada vez maior, contudo, a zagueira do Timão afirmou que as equipes precisam de tempo para sentir esse retorno. Para exemplificar, a defensora usou o próprio Corinthians como exemplo: o clube reativou a modalidade em 2016, em parceira com o Audax, e desde então tem sido uma referência no cenário do futebol feminino.
"Muitos clubes hoje, no primeiro investimento, já querem o retorno. E não é assim que funciona, leva tempo. E o Corinthians teve esse tempo, teve os profissionais adequados pra isso. A gente tem um departamento por trás de tudo isso, então diretoria, técnico, comissão completa… Desde assessoria de marketing, tudo, tudo! A gente tem um departamento completo de pessoas qualificadas pra isso, pra fazer crescer. E aí, eu só queria jogar futebol. É isso: eu fazia o meu papel dentro do campo, com todo retorno que eles me davam, com toda a condição e a estrutura que o Corinthians fornece até hoje. E isso é importante pra que as meninas estejam felizes dentro do campo e desfrutar de seu melhor papel. E isso faz diferença. A gente tem essa possibilidade, infelizmente outros clubes não tiveram essa possibilidade, mas estão crescendo aos poucos", completou.
O Brasileirão Feminino, vale lembrar, está paralisado para que os Jogos Olímpicos de Tóquio aconteçam. Na capital japonesa, o Timão tem quatro atletas: além de Erika, a também zagueira Poliana, a lateral Tamires e a meia Andressinha, também integram a Seleção. Fora dos gramados, a equipe alvinegra tem as médicas Talline Costa e Ana Carolina Côrte no Time Brasil.
A decisão das Olimpíadas está prevista para o dia 5 de agosto. O Seleção Feminina de Futebol estreia nos jogos na quarta-feira. As jogadoras corinthianas não perderão nenhum compromisso do clube - dia 11 de agosto há a estreia no Paulista e, no dia 15, as quartas de final do Brasileirão.
"A gente se cobra muito, a gente se cobra demais. E isso é Corinthians. E eu sou corinthiana, desde pequena. Então quando não vai na técnica, não vai na tática, vai na raça. Na briga, no coração o tempo inteiro. E isso é o diferencial, pode ter certeza", finalizou.