Fisioterapeuta da base do Corinthians explica seu trabalho e os desafios durante a Copinha
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Por Meu Timão
O Corinthians está disputando jogos com um intervalo de apenas dois dias na Copa São Paulo de Futebol Júnior. Com um ritmo intenso, alguns cuidados são fundamentais para evitar lesões e ajudar na rápida recuperação dos atletas. Flávio Sakaguti, fisioterapeuta da base, elucidou as suas principais funções e de outras áreas que cuidam da restauração física.
"Estou no Corinthians há aproximadamente oito anos e meu papel no clube é atuar na parte mais de campo. Principalmente, com prevenção de lesão e a recuperação deles no pós-jogo. De alguma forma, interagindo junto com a fisiologia e a parte da nutrição, os preparadores físicos, a nossa luta é com a prevenção nesse torneio que é tão curto", afirmou o profissional de saúde em conversa divulgada pela Corinthians TV.
Na sequência, ele comparou os jogadores da categoria Sub-20 com os mais novos. Assim, esclareceu que seus físicos e lesões são mais parecidos com os do plantel principal.
"No 20 (elenco Sub-20), eles já são mais maturados, já têm uma estrutura corporal mais preparada. São bem fortes e, nesses casos dos mais maturados, os tipos de lesão são diferentes, já chega a acontecer mais lesões musculares, algumas lesões mais já parecidas com o profissional. Quando ocorrem as lesões, o maior desafio nosso é tentar fazer com que o atleta volte e esteja pronto o quanto antes para a competição. Então, a gente tem que dar atenção redobrada, intensificar o tratamento, buscando o retorno o quanto antes", continuou.
Flávio também separou as fases do seu trabalho em cada etapa das partidas. Com isso, mostrou detalhes de antes, durante e depois dos duelos corinthianos.
"No pré-jogo, geralmente, é muito individual de cada atleta. Alguns gostam de fazer soltura com rolinho, outros vêm fazer massagem, outros pedem para fazer alongamento. Fora isso, têm as ataduras, pessoal quer enfaixar, quer fazer uma imobilização, uma botinha. Então, o meu papel é esse, é estar auxiliando eles, preparando eles para jogos", comentou.
"Durante o jogo, eu fico mais no suporte médico para atendimento de campo e, no pós-jogo, a gente trabalha mais já com a recuperação. Acabou o jogo, é recuperação. Então, entra a nutrição, entra a fisiologia, entra a preparação física. O nosso procedimento é fazer a suplementação, junto com a nutrição, já fazer a imersão de gelo, já pensando em minimizar as dores musculares tardias", prosseguiu o fisioterapeuta.
"No dia seguinte, continuar com o recover. A gente tem as botas de compressão aqui, a gente trabalha muito com massagem, a gente trouxe agora as placas de LED também, fotobiomodulação, que ajuda muito na recuperação. Então, a gente tem bastante estrutura para trabalhar nessa recuperação. É um torneio curto, os jogos muito próximos uns dos outros. Então, tudo que a gente tem de recurso, a gente procura usar", exemplificou.
Por fim, Sakaguti discursou sobre a importância de ter uma equipe trabalhando em conjunto. Para ele, o papel realizado por outros profissionais o auxilia em suas tarefas e vice-versa.
"Hoje, a comissão tem que ser totalmente integrada. Desde o roupeiro, passando pelo massagista, até o técnico. O que a nutricionista faz, me ajuda demais na parte de recuperação, assim como a fisiologia. O que eu faço também, procurar dar bastante suporte para a preparação física. Então, a gente trabalha sempre juntos, o tempo todo juntos para que tudo se interajam, tudo em prol do atleta, para o bem do atleta e para o melhor rendimento possível dele, essa é a nossa principal função", finalizou o profissional.