Cássio se manifesta após ameaças de morte: 'Não aceito o que aconteceu'; veja a nota
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Por Meu Timão
O goleiro Cássio se manifestou, por meio de nota oficial, sobre as ameaças recebidas por ele e por sua esposa, Janara Sackl, nas redes sociais. O atleta do Corinthians reforçou que entregou o caso nas mãos da polícia e que espera que a justiça seja feita.
Na nota, Cássio diz que sempre lidou bem com as críticas e admitiu falhas quando necessário. "Mas desafio alguém a provar que eu tenha ficado mais de dez anos no Corinthians sendo "vagabundo" ou "paneleiro", os termos que foram usados hoje e que aparecem em algumas manifestações vez ou outra", diz o texto - veja na íntegra abaixo.
O arqueiro ainda reforçou sua dedicação no Corinthians e disse que em muitas vezes atuou sem estar nas melhores condições apenas para ajudar o clube. "Fiz isso sem esperar nada em troca. Fiz porque sou assim", diz o camisa 12 em outro trecho da nota.
Por fim, Cássio reforçou suas conquistas no Timão e finalizou dizendo que "por tudo isso, não aceito o que aconteceu e não quis ficar calado diante de tanta injustiça".
A situação que originou a nota de Cássio foi vivida nesta quinta-feira por sua esposa. O personal trainer de Janara recebeu áudios e fotos ameaçando o atleta e sua família. A conta identificada como $heik Caçador proferiu xingamentos, fez ameaças de morte aos dois e incluiu também outros jogadores nos áudios. As falas foram acompanhadas de uma foto da camisa do Corinthians com uma arma e balas em cima.
"Faz assim cara. Avisa pra ela que nós vamos encontrar ela, o marido dela, aquele vagabundo. Aqui não tem fã de Cássio não. E quando a gente encontrar, a gente vai esculachar. Recado tá dado. Nós estamos na caça. Ou pede pra sair, ou você já tá ligado. Entendeu, meu parceiro?!", diz o agressor em um dos áudios.
"Não sei o que a gente vai fazer, matar eu não sei, mas vamos achar e esculachar. E pode dizer que estamos fechados com o português (o técnico Vítor Pereira), entendeu? Não com vagabundo paneleiro. O recado vale para todos", completa - veja todo o relato, divulgado pelo ge.globo aqui.
O Corinthians também emitiu uma nota oficial e repudiou o ato. O clube informou que acionou a Delegacia de Polícia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva (DRADE). A intenção é que as autoridades identifiquem o agressor e que sejam tomadas medidas para garantir a segurança dos atletas.
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Resolvi me manifestar depois dos fatos que aconteceram com minha família nesta quinta-feira (07/04).
Encaminhei à polícia os áudios recebidos por minha esposa, para que, quem tenha a competência necessária, possa cuidar do caso. Não posso aceitar esse tipo de ameaça de forma alguma. Espero que a justiça seja feita.
Sempre fui um jogador que lidou bem com críticas, discordei e me defendi quando necessário, além de admitir falhas quando entendi que elas aconteceram.
Mas desafio alguém a provar que eu tenha ficado mais de dez anos no Corinthians sendo "vagabundo" ou "paneleiro", os termos que foram usados hoje e que aparecem em algumas manifestações vez ou outra.
Sempre fui um jogador que me dediquei ao máximo e procurei ajudar dentro e fora dos campos os treinadores, atletas e dirigentes que passaram por aqui. Muitas vezes, entrei em campo sem as minhas melhores condições para ajudar o Corinthians. E fiz isso sem esperar nada em troca. Fiz porque sou assim. Sou muito grato ao Corinthians e procuro retribuir essa gratidão deixando tudo o que posso a cada dia.
Tenho total consciência que devo provar sempre porque cheguei a quase 600 jogos e conquistei nove títulos por esse clube. Nunca sentei em cima das glórias, até porque não ganhei nada sozinho e quero seguir ganhando enquanto eu tiver contrato vigente.
Por tudo isso, não aceito o que aconteceu e não quis ficar calado diante de tanta injustiça.
Um abraço a todos.
Cássio