Vítor Pereira reclama do gramado e lamenta 'imaturidade', mas defende jovens do Corinthians
9.3 mil visualizações 94 comentários Reportar erro
Por Tomás Rosolino, Rodrigo Vessoni e Andrew Sousa
O técnico Vítor Pereira acredita que o Corinthians poderia ter saído da Arena da Baixada com uma vitória pelo desempenho apresentado diante do Athletico, na noite desta quarta-feira. Para ele, a equipe sofreu um pouco com o gramado e a falta de maturidade antes de levar o 1 a 1.
"(O gramado) foi fraco, pra quem quer ser técnico. Bola salta, tem dificuldade para o passe, questões técnicas complicadas. Eles estão mais acostumados, mas o ambiente também interfere. Adverso para nós", reclamou o português, antes de continuar.
"O jogo corrido, a gente podia ter os três pontos, sinto que custa perder assim, dói. Às vezes imaturidade em alguns momentos, especialmente no final. A gente podia ter levado os três pontos, mas trabalhamos, lutamos", avaliou.
Apesar de reconhecer a influência das tomadas de decisões ruins, como Roni, emparelhando cabeça com Hugo Moura para ser expulso, e Raul Gustavo, atropelando Vitor Roque, ele fez questão de defender os jovens.
"Árbitro às vezes pode tomar decisões influenciado, gramado pesa. É natural. Nos faltou gerir emoções, tranquilizar no final do jogo, faltavam poucos minutos, era jogo controlado. Nós perdemos bola fácil, demos oportunidade. Depois a confusão de cartões ali, amarelo e vermelho, que vai nos deixando desorientados. Perdemos o foco, fizemos um pênalti ali. Mas são jovens, 22 anos, potencial, vão crescer ainda", observou.
Totalmente dependente da base para conseguir a campanha atual, já que mais da metade do elenco saiu das divisões inferiores, Vítor Pereira foi enfático na defesa. Para ele, é natural que o clube sofra também durante a maturação dos atletas.
"Não imagino o que nossa equipe seria sem esses meninos, com minutos. Se não tivéssemos eles, onde estaríamos na tabela, com gente experiente fora... Eles tem erros, corrigimos, maturidade vem com tempo. Estamos aqui para ajudar, mas sinceramente não imagino o Corinthians, sem os mais novos, podendo render bem. Não estaríamos na frente da tabela e sim no meio", afirmou.
Por fim, o treinador ainda deixou claro que o momento atual pede um Corinthians com repetição de formação. Depois da partida contra o Goiás, neste final de semana, se iniciam os mata-matas da Copa do Brasil e, pouco depois, da Libertadores.
"Nós não podemos rodar tanto, não conseguimos. Vamos estabilizar a equipe, dinamizar o 4-3-3, que o sistema que estamos jogando, e tentar pontualmente mudar quem a gente sinta que está mais desgastado. Não sei como resolver se tivermos outras lesões. Temos esta situação e temos que ser realistas", encerrou.