Arena: diretoria do Corinthians marca reunião com CORI para apresentar acordo com a Caixa
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Por Tomás Rosolino e Rodrigo Vessoni
O acordo entre Corinthians e a Caixa Econômica Federal está perto de ser homologado e anunciado. Com isso, uma reunião extraordinária foi agendada entre a diretoria e membros do Conselho de Orientação (CORI). O portal Meu Timão apurou que o encontro acontecerá nesta segunda-feira no Parque São Jorge.
O órgão fiscalizador será o primeiro a tomar ciência dos termos e números que foram acertados com o banco após inúmeras reuniões técnicas (entre os dois jurídicos) e também políticas na cidade de Brasília (banco é sociedade de economia mista, ou seja, governamental e privado). Na sequência, os dados serão repassados ao Conselho Deliberativo do clube.
A reportagem do Meu Timão conversou com pessoas próximas ao presidente Duilio Monteiro Alves. Alguns termos do acordo que está perto de ser anunciado já são falados por sócios e conselheiros nas alamedas do Parque São Jorge como, por exemplo, o valor total (R$ 569 milhões), o prazo para quitação (17 anos), a modalidade de pagamento (parcela anual) e o valor máximo da parcela (R$ 38 milhões). O Corinthians ainda tenta a quitação da primeira parcela apenas no segundo semestre de 2023.
É importante ressaltar que o Corinthians terá o naming rights para abater no valor total. Internamente, a diretoria já trabalha com uma receita de R$ 400 milhões proveniente do acordo com a gigante farmacêutica Neo Química pela cessão do nome por 20 anos. Esse valor é a soma do valor inicial do acordo (R$ 300 milhões) mais a correção do valor por meio do IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado).
Ou seja, na prática, o Corinthians calcula um pagamento de cerca de R$ 270 milhões com recursos próprios. Esse valor abatido em 17 anos representaria uma parcela anual de apenas R$ 16 milhões - os pagamentos também passam por correção monetária durante os anos.
O estádio, em média, arrecada só com bilheteria cerca de R$ 60 milhões brutos por ano (R$ 40 milhões líquidos). Isso sem contar camarotes, cativas, estacionamentos, bares, restaurantes, publicidade estatística nos telões, eventos corporativos, entre outras receitas.
Vale lembrar que, além da parcela do acordo com a Caixa, o Corinthians tem de pagar a manutenção do estádio, que custa cerca de R$ 25 milhões por ano.
Acordo com a Odebrecht
O Corinthians ainda aguarda a homologação da quitação de seus valores junto à Construtora Odebrecht. Isso tem de ser homologado pelos acionistas da empresa que, nas últimas reuniões, não bateram o martelo sobre os valores finais referentes ao estádio alvinegro.
O clube acredita que não tem de pagar mais nada à Odebrecht, consequência dos valores já desembolsados desde 2013, as obras não concluídas pela construtora (dentro e no entorno) e o repasse dos CIDs disponibilizados ao clube pela Prefeitura pela construção do estádio em Itaquera, zona leste da capital Paulista.