Análise: Corinthians cava seu segundo buraco da temporada e terá pouco tempo para sair dele
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Por Tomás Rosolino
O Corinthians cavou seu segundo buraco da temporada na noite desta quarta-feira, na derrota por 2 a 0 para o Atlético-GO, pela ida das quartas de final da Copa do Brasil, em noite pobre individual e coletivamente. Diferentemente do primeiro, no entanto, tem apenas um jogo e menos tempo para se recuperar dele.
Considero que o primeiro vacilo corinthiano desse nível foi outra derrota por 2 a 0, a sofrida diante do Always Ready, na Bolívia, que obrigou o time a passar invicto dentro e fora de casa contra Deportivo Cali e Boca Juniors. A missão foi tão bem sucedida que deu a chance de um pequeno vexame no reencontro com os bolivianos sem atrapalhar a classificação.
O problema para os alvinegros é que, em vez de uma sequência de jogos, o time só terá o dia 17 de agosto, na Neo Química Arena, para reverter tudo de errado que aconteceu em campo. A desvantagem mínima era um lucro grande até o gol de Léo Pereira, na reta final, dando mais justiça ao que se viu em campo.
O Corinthians não conseguiu equiparar coletivamente a disposição tática do Atlético-GO, pressionando a todo momento e diminuindo o espaço de todos os corinthianos que tinham a bola. Talvez por esse funcionamento melhor, as individualidades do time da casa também sobraram no encontro.
Vítor Pereira optou por um Corinthians com três meio-campistas, Willian livre para circular e dois atacantes, tentando fazer o mesmo que foi realizado contra o Coritiba, em Itaquera, na semana passada. Sem a força da torcida e a imposição natural de estar em casa, porém, o time sofreu.
Os donos da casa abriram o placar quase que naturalmente, em bola apostando que Róger Guedes não acompanharia Dudu pelo lado esquerdo e Cantillo não seria capaz de proteger a entrada da área, deixando Jorginho livre para finalizar.
Apesar do erro no gol, porém, Róger foi talvez o mais participativo do ataque no primeiro tempo, tentando fazer algo de diferente para os alvinegros. Nada disso comoveu VP, que preferiu voltar para a etapa final com um meia armador na frente de dois volantes e dois pontas, abrindo Adson e Willian.
A resposta inicial foi até boa, concluindo o melhor momento do Corinthians na partida principalmente pela intensidade de Adson. O único lance de perigo, no entanto, saiu em uma falta cobrada rapidamente por Willian, que deixou Giuliano em boa condição para finalizar rente à trave do goleiro adversário.
Em meio a isso, o comandante estreou Fausto Vera, claramente perdido em termos de posicionamento. Os adversários ameaçaram em três bons contra-ataques, mas penaram para finalizar até que, na reta final, um belo chute de Léo Pereira deu números justos ao que se viu em campo. Cabe ao Corinthians reparar isso em casa.