Clube social do Corinthians surpreende especialista financeiro e recebe elogios; saiba o que mudou
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Por Guilherme Célio e Rodrigo Vessoni
Fachada do Parque São Jorge na rua que dá acesso ao clube
Divulgação / Corinthians
Na última sexta-feira, o Meu Timão entrevistou Cesar Grafietti, especialista financeiro, durante live no Youtube. Na conversa, ele fez algumas análises da atual situação financeira do Corinthians, além de se demonstrar surpreendido e elogiar o trabalho que vem sendo feito no clube social do Timão, especialmente nos outros esportes - veja completa abaixo.
“Tem um ponto importante no balanço do ano passado, que é receita de marketing relacionada ao social, que está muito relacionada com os esportes olímpicos. Ela cresceu bastante. Então, de alguma forma, o clube está conseguindo dentro das modalidades buscar uma auto sustentação. Acho sim, que de fato, no ano passado, o desempenho do social foi ok. Não foi ali o problema. Acho que tem um trabalho, que me parece, que vem sendo muito bem feito e de melhoria nessa questão”, disse Cesar.
O carro-chefe da receita do Corinthians sempre foi o futebol. O clube social muitas das vezes precisou da renda da modalidade para poder se sustentar. Com isso, passou a incomodar alguns torcedores, apontando que o social seria um problema dentro do clube, onde tirava verba que poderia ser investida no futebol.
Porém, de acordo com Cesar, esse cenário nos últimos anos vem mudando bastante e os esportes como natação, basquete e futsal, estão fazendo um bom trabalho de marketing e conseguindo recursos próprios para manter suas equipes. Com isso, o social do Corinthians deixou de ser um problema financeiro para o clube e atualmente pega uma pequena parcela da receita gerada pelo futebol.
“A gente olha o social, talvez cinco, seis, dez anos atrás isso fosse mais preocupante, porque as receitas do futebol eram menores. O futebol cresceu tanto que o custo do social perto do que o futebol gera é pequeno. Então você fala, quanto que o social poderia drenar de valor? 5 milhões, 10 milhões? Dentro de uma receita de 600, 700. Não é isso que faz a diferença mais. O social foi ficando tão pequeno nos clubes, que de fato não é aí que está o problema", apontou.
"Ano passado já foi, tanto que eu faço questão de olhar no detalhe o social, porque em alguns anos os clubes tinham que drenar do futebol para o social , 50, 60 milhões de reais, mas isso foi acabando com o tempo, até por uma postura e um trabalho mais forte da área de marketing das equipes olímpicas, que faz com que o clube consiga se equilibrar. Então, acho que em algum momento o social foi um problema e parece, na minha sensação, que hoje é menos relevante nesse sentido”, finalizou.
No final de maio deste ano, o Corinthians divulgou seu balanço financeiro referente ao ano de 2022. De acordo com o clube, o Timão teve uma receita de R$ 778 milhões, que foi um novo recorde, conseguindo aumentar em 55% em relação à 2021. O clube também fechou o último ano com um superávit de R$ 15,4 milhões, valor três vezes maior ao ano anterior.
