Luxemburgo aposta em novidades para superar maior pressão por resultados desde volta ao Corinthians
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Por Pedro Mairton
Técnico Vanderlei Luxemburgo durante treino do Corinthians
Rodrigo Coca/Agência Corinthians
Luxemburgo teve poucos dias de tranquilidade em dois meses da sua terceira passagem no Corinthians. Mais uma vez, o treinador se vê na necessidade por resultados para buscar estabilização no cargo e aposta em reforços para superar essa pressão.
A próxima sequência de jogos será decisiva para o treinador, que pode terminar com a equipe classificada para as semifinais da Copa do Brasil e mais aliviada na parte de baixo do Brasileirão, ou eliminada do torneio e figurando entre os quatro últimos da Série A. Nesse momento da temporada, o copo meio cheio não é o bastante para o comandante, uma vez que ele deixou claro que essas duas competições são as prioridades da equipe.
Em menos de dez dias, o Corinthians enfrenta o Atlético-MG, pelo Brasileirão, o Universitario, do Peru, em jogo de ida dos playoffs da Sul-Americana, e o América-MG pelo duelo de volta das quartas de final da Copa do Brasil. Para o duelo pelo torneio continental, entretanto, a expectativa é de que o Timão use novamente uma equipe alternativa para focar em suas prioridades.
Dessa maneira, Luxemburgo está na expectativa de contar com dois jogadores que podem elevar o patamar técnico da equipe: os meias Renato Augusto e Matías Rojas.
Renato Augusto jogou pela última vez no empate diante do Cuiabá, pelo Brasileirão, e saiu precocemente de campo por conta de uma lesão na panturrilha esquerda. Desde então, o camisa 8 intensificou o tratamento para retornar em alto nível. Ele voltou a ser relacionado para o jogo contra o América-MG, mas foi cortado do banco de reservas, mas deve estar disponível para o confronto diante do Atlético-MG.
O camisa 8, porém, pode sofrer com ritmo de jogo em seu retorno, o que deve deixá-lo sem condições de atuar durante os 90 minutos. Mesmo assim, Luxemburgo afirmou em coletiva que contará com o meia “até de bengala” para os confrontos decisivos do time.
Já Rojas vive “dia D” para ser regularizado no Boletim Informativo Diário da CBF (BID) e estar apto para estrear pelo Corinthians. O jogador deve ser regularizado até 19h desta sexta-feira. O atraso no processo se deu por conta do transfer ban que o clube levou na última quinta-feira por conta do atraso de uma parcela da compra do volante Fausto Vera junto ao Argentinos Juniors. No entanto, no mesmo dia a diretoria quitou cerca de R$ 17 milhões de dívidas e busca resolver a situação do paraguaio o quanto antes.
Diferentemente de Renato Augusto, Rojas está com ritmo de jogo. O meia atuou pela última vez em 28 de junho, na vitória do seu ex-clube Racing por 4 a 0 sobre o Ñublense, pela Libertadores, inclusive anotando um gol de falta. Entretanto, pesa contra ele a adaptação ao futebol brasileiro e o entrosamento com o elenco. Luxemburgo disse que conversou com o paraguaio para saber onde deve utilizá-lo na equipe.
Além da dupla, o Corinthians monitora o mercado de transferências, que reabriu na última segunda-feira. O clube fez proposta para o volante Zé Welison, do Fortaleza, conforme revelou Marcelo Paz, presidente do clube cearense, e também no zagueiro Marlon Santos, do Shakhtar Donetsk, da Ucrânia.
No caso do volante, o Fortaleza não teve interesse em negociar o atleta, que viria para o clube do Parque São Jorge em uma negociação envolvendo outros jogadores. Já quanto ao zagueiro, o Timão tenta tenta um empréstimo, mas o alto salário é um entrave na negociação, que está em andamento.
A pressão contra Luxemburgo já não é mais somente fora do Parque São Jorge. Conforme apurou o Meu Timão, o trabalho do técnico está sendo questionado por sócios e conselheiros do clube. Além disso, o discurso do comandante não está alinhado com o dos jogadores, tendo em vista que ele vê uma evolução na equipe, enquanto por outro lado o atacante Róger Guedes afirmou que o time estava mais organizado no começo da temporada.
Em 17 jogos, Luxemburgo foi derrotado nove vezes, empatou quatro e venceu outras quatro, um aproveitamento de 31,37%, o pior de um técnico do Corinthians desde o ano do rebaixamento e também na Neo Química Arena.
