Luxemburgo explica características do elenco e é sincero sobre objetivo do Corinthians no ano
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Por Pedro Mairton, Rodrigo Vessoni e Vitor Chicarolli
Luxemburgo disse que o trabalho dele no Corinthians priorizava evitar o rebaixamento para a Série B do Brasileirão
Jhony Inacio/Meu Timão
Luxemburgo admitiu que o Corinthians não é um time “vertical”, falta intensidade no meio-campo, e que, por esse motivo, a equipe alvinegra sofre ao ser contra-atacada pelos adversários. Segundo o entendimento do treinador, o elenco do clube é montado para um time que tenha como premissa trocar muitos passes.
O comandante voltou a valorizar os resultados obtidos contra os líderes do Brasileirão - vitória sobre o Botafogo e empates contra Palmeiras e Grêmio -, e que os pontos conquistados seriam vistos “de maneira diferente” caso o Corinthians estivesse em situação melhor na tabela.
"Assim... quando terminamos a Data-Fifa, foi perguntando pra mim como seria esse período e eu falei que teríamos que jogar. Aí você vê, pegamos o Grêmio, Palmeiras, Fortaleza e Botafogo. Então empatar com o Grêmio é ruim? Empatar com o Palmeiras é ruim? Como estamos na parte de baixo, tudo fica muito ruim, já que se estivéssemos na parte de cima, o empate seria visto diferente”, iniciou Luxemburgo na coletiva de imprensa.
“Você tem que saber o que tem na mão, sou muito cobrado pela intensidade do time, mas eu não tenho um meio de campo com intensidade. Eu tenho um meio de toque de bola, que mastiga a bola. Toda a vez que jogamos na vertical, sofremos muito no contra-ataque, pois nosso meio não consegue recompor com tanta facilidade. Eu gosto de como foi hoje, nós jogamos, em alguns momentos ficamos abertos demais, e não tinha necessidade. Quando você ataca e olha pra trás, você está protegido, você está no campo do adversário. Esse é o trabalho que nós temos né? De identificar o time e eu tenho tentado fazer isso ao longo do tempo que estou aqui", completou.
O Corinthians voltou a ocupar a primeira parte da tabela do Brasileirão, fato que não ocorria desde a primeira rodada. O clube do Parque São Jorge é o décimo colocado, com 30 pontos, seis a mais que o primeiro time da zona de rebaixamento, o Santos.
O próximo compromisso do Corinthians no Brasileirão será no dia 30 de setembro, quando enfrenta o São Paulo, no Morumbi. O técnico entende que o Timão ainda está passando por dificuldades no campeonato, mas que o fato de ocupar a primeira parte da classificação ameniza a sequência difícil. Nas rodadas posteriores ao Majestoso, o clube alvinegro ainda terá pela frente Flamengo e Fluminense.
"Com respeito a parte da tabela, era uma posição que estávamos querendo há bastante tempo. Mas se tivéssemos com um time com mais resultado não estaríamos na parte de baixo. Surgiu a Sul-Americana, que temos a oportunidade de conquistar um título e estávamos na Libertadores. Eu fui muito claro para vocês que a importância do trabalho do Corinthians esse ano é não ir para a segunda divisão. Eu falei que era para valorizar o Brasileiro e buscar uma vaga na Libertadores”, falou.
“Então, nós temos feito isso com trabalho e conseguindo, se vocês acharem que o trabalho não presta aí é uma análise de vocês e eu tenho que respeitar o trabalho de vocês. De repente surgiu a Sul-Americana e eu tive que colocar ela pela importância que tem de conquistar uma. Mas eu como técnico, é claro que o Corinthians tem que ganhar, é um título importante. Temos que saber o seguinte, eu como técnico quero ganhar e liberar a cabeça dos jogadores para jogar de maneira mais confortável. Essa pressão os jogadores sentem e está dentro de uma situação que se apresentou para nós", concluiu.