Caixa quer desmembrar Arena para torcedores do Corinthians, mas aguarda contato da nova gestão
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Por Meu Timão
A negociação do Corinthians para o pagamento da dívida da Neo Química Arena com a Caixa Econômica parece estar encaminhada. Segundo Carlos Antônio Vieira, presidente da Caixa, a sugestão feita ao clube é desmembrar a Neo Química Arena para os próprios torcedores corinthianos. O presidente ainda revelou que aguarda um contato da nova diretoria do Timão, que será gerida por Augusto Melo a partir de 2024.
“A solução para o Corinthians está encaminhada. Mudou a diretoria e eu ainda não fui procurado por eles, mas já evoluiu. Em resumo, o Corinthians quer pagar a dívida com títulos e eles teriam que captar esses títulos para fazer o pagamento da dívida. Eu falei com eles que era uma coisa muito difícil. O que eu propus é que seja criado um fundo de investimento, de forma que os próprios torcedores possam comprar cotas, tornando-se sócios, transformando-se em ‘donos’ da Arena Corinthians”, revelou Carlos em entrevista exclusiva à coluna Futebol Etc do Jornal Brasília.
Para o presidente, a grande torcida do Corinthians poderia suprir a dívida com um sistema de sócio efetivo, onde o próprio corinthiano seria dono dos patrimônios do clube, no caso o estádio alvinegro. De acordo com ele, se 15 milhões de corinthianos - um pouco menos da metade da torcida - comprassem cotas do estádio, já seria mais que o suficiente para o pagamento da dívida.
“Eu fiz a conta e acho que sim. Se você pega 15 milhões de corintianos, cada um comprando uma cota de 80 ou 100 reais, será mais do que suficiente. Esse raciocínio, inclusive, poderá modificar as relações com os seus torcedores e com o mercado financeiro”, disse Carlos Antônio.
“Clubes muito populares, como Corinthians, Flamengo, Grêmio, Atlético Mineiro, só para citar alguns, podem adotar esse modelo de fundo de investimento. Nós, aqui na Caixa, estamos prontos para atendê-los. Isso deve ser feito com um acompanhamento de governança, potencializando ainda mais esses recursos. Por esse mecanismo, o torcedor passaria a ser sócio efetivo do clube, um cotista do patrimônio do clube”, completou o presidente.
É importante ressaltar que as negociações entre o Corinthians e a Caixa acontecem desde a abertura da Neo Química Arena. As falas de Carlos são precisamente sobre a última proposta feita pelo clube, em meados de novembro. Nesse excerto, o plano do Timão é negociar 49% do estádio na bolsa de valores, para pagar a dívida e ainda permanecer como dono prioritário.