Diretor financeiro do Corinthians detalha uso de receitas com chegada de novos patrocínios
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Por Pedro Mairton, Matheus Quintino e Rodrigo Vessoni
Neste começo de temporada, em meio a um processo de reformulação de elenco, o Corinthians tem encontrado desafios. Um deles é a administração da dívida, que atualmente é de R$ 1,65 bilhão, conforme revelou o diretor financeiro Rozallah Santoro em entrevista exclusiva ao Meu Timão, que detalhou sobre o planejamento do clube visando ao equilíbrio.
“É sempre aquela questão. Quando tenho o aumento de receita, ele vai acontecer ao longo do tempo. Quando sou demandado para reforçar o elenco, tenho uma despesa na cabeça. Sempre tenho que buscar um equilíbrio, dado o aumento de receita e tenho uma situação complexa e difícil do ponto de vista da dívida. A dívida hoje custa, por ano, na ordem de 200 milhões. Gasto por ano só para manter a dívida onde está. Exatamente pelo motivo de gastar antes e ter receita depois, você tem um endividamento saudável, que é algo na ordem de duas vezes o resultado operacional dela. Temos todas as despesas e receitas do clube, um resultado de 200 milhões, sem impostos, amortização…”, explicou o dirigente.
Além da exploração de marca e direitos de transmissão, ter uma equipe competitiva é um dos principais caminhos para garantir receitas no futebol brasileiro, uma vez que o bom desempenho das equipes nas competições resulta em premiações milionárias ao longo da temporada. No entendimento de Rozallah, quanto melhor o time do Corinthians maior será a capacidade de investimento da diretoria corinthiana no futuro.
“Se eu tiver até R$ 400 milhões de dívida, é o que preciso para girar o negócio. Invisto e recebo. Em vez de custar R$ 200 (milhões) por ano, vai custar R$ 50 (milhões), e como estamos em forma planejada, até menos. A dívida é quatro vezes o que devia ser, é correr com uma mochila de pedra nas costas. Investir em melhorar o time é equivalente a eu quitar a dívida, porque ela me faz ser competitivo ao longo do tempo, ter mais capacidade de investimento. No fundo, investir no time ou quitar a dívida estou aumentando a competitividade do time. Prefiro fazer a quitação da dívida primeiro, respirar, para que eu possa entrar mais agressivo em uma janela de meio de ano e terminar de montar um time, mesmo que não tenha todas as peças para esse primeiro ciclo de Paulista”, completou.
A dívida atual do Corinthians é de aproximadamente R$ 1,65 bilhão, englobando a Neo Química Arena. Desse montante, R$ 400 milhões são para quitar pendências a curto prazo.
Entrevista de Rozallah Santoro ao Meu Timão
O Meu Timão, em seu site e redes sociais, publicará mais trechos da entrevista nos próximos dias. O diretor financeiro do Corinthians abordou diversos assuntos de interesse do torcedor alvinegro. Abaixo, o papo na íntegra com Rozallah Santoro. Confira!