Ídolo opina sobre novas lideranças pós-Cássio e aponta joia com ‘espírito de Corinthians’
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Por Pedro Mairton, Heloisa Durand e Matheus Quintino
Marcelinho Carioca opinou sobre o surgimento de novas lideranças no Corinthians após a saída de Cássio, que teve passagem vitoriosa ao longo de 12 anos vestindo a camisa do Timão. O ex-meio-campista, que é um dos maiores campeões da história do clube alvinegro, afirmou que os novos líderes precisam ter personalidade e “entender a mística” do Corinthians.
“Para jogar no Corinthians tem de ter personalidade, entender a mística da camisa alvinegra, envergar a segunda pele de uma forma diferenciada e assumir isso. A cobrança é forte, estando bem você vai para a Seleção, Europa. Estando mal, vão te cobrar no cinema, teatro, restaurante, em tudo que é lugar. Tem que entender e saber a grandiosidade do que representa o Sport Club Corinthians Paulista. Em termos de lideranças, ciclos se iniciam e terminam, liderança você nasce com isso e é estabelecido durante o grupo, não é o tempo, é a personalidade que faz isso por si, e não adianta se esconder, a torcida pega no pé por isso”, disse Marcelinho Carioca após o Jogo das Lendas, amistoso solidário em prol do Rio Grande do Sul, realizado na Fazendinha na última sexta-feira.
Dois jogadores com a “mística” do Corinthians foram citados por Marcelinho. Um deles é o experiente lateral-direito Fagner, que assumiu a faixa de capitão do Timão, e também o jovem Breno Bidon, de 19 anos, craque da última Copinha e destaque da equipe de António Oliveira nos últimos jogos.
“O Fagner tem isso (espírito de Corinthians), muito. A molecada que veio da base, o (Breno) Bidon, tem a mística da camisa alvinegra. É só ver a representatividade dos anos, Neto, Biro Biro, Wladimir, todos demonstraram essa identificação com o torcedor e assumir a responsabilidade”, falou Marcelinho, que ainda avaliou que o atual plantel do Timão não tem nível para disputar títulos.
“É enfrentar e tirar o Corinthians dessa situação dentro das quatro linhas, de reconstrução. Um plantel que não é a nível de ser campeão brasileiro, de estar nas finais. O peso, a história e a força do torcedor empurra o Corinthians a torto e a direito, mas quando chega na hora de ter qualidade técnica e reposição, o Corinthians deixa a desejar bastante”, concluiu o ídolo corinthiano.
Breno Bidon estreou no profissional do Corinthians no jogo contra o Água Santa, pela última rodada da primeira fase do Paulistão. Ele entrou no segundo tempo do confronto.
Depois, o jovem de 19 anos assumiu a titularidade do Corinthians por três jogos devido à primeira lesão de Maycon, na coxa direita. Ele, porém, voltou ao banco de reservas, por onde ficou cinco partidas, sendo acionado no segundo tempo em apenas uma delas, mas novamente foi escalado entre os titulares contra o Fluminense e não saiu mais do time.
Com contrato até 2029, Breno Bidon soma 12 jogos no profissional, com um gol e uma assistência marcada. A multa rescisória dele é de 100 milhões de euros para o mercado externo.